Capitulo 7.

Continuei dançando, a noite era minha. Só tomei um susto quando senti duas mãos me agarrando por tras.

-EI! -Gritei.
-Calma, meu anjo, sou eu. -Não acredito! O BARMAN! O tal do Chace!
-Chace? -Me fiz de burra, mas eu sabia que era ele.
-Claro, princesa. -Ele desceu a mão da minha cintura pra minah perna.
-E oque você tá fazendo aqui? E logo com a mão aí?! Tira, tira! Hm. -Peraê vlh, quer avacalhar?! ;@
-Meu horário acabou, a noite é nossa. -Eu consegui ver o sorriso dele, ele tirou a mão, aleluia.
-Eu tenho namorado. -Mostrei minha mão pra ele, tentando me desgrudar dele.
-Eu sei, reparei na aliança. - Então.. qual foi a dele?! Ainda tentava lutar. - Mas.. você não tem cara de americana.. É de onde?
-Londres. Me solte. -No fundo, não sei por que, eu não queria que ele me largasse, mas eu nao ia deixar nada acontecer, hm.
-Sabia. Mas uma coisa que eu sei também, é que seu namorado não veio com você. Estou certo? -Senti sua respiração na minha nuca.
-Não, não veio. -Não consegui falar mais nada. E, o pior: ele não estava nada bêbado.
-Pois é, Vane.. Ele não está aqui, só eu... e você. -A voz era aveludada e sedutora, quase caí no truque.
-Não. Eu amo ele. -Ele.. é MALUCO?!?!
-Eu sei. Uma noite não vai fazer esse sentimento mudar... ou vai?

Antes que eu pudesse responder, meus lábios estavam ligeiramente ocupados para fazer qualquer coisa. Eu não reagi da melhor maneira por causa do efeito da caipirosca, eu acho. Por incrível que pareça, correspondi o beijo e isso não me deixou com nem um fiozinho de culpa.

-Você ainda ama ele, certo? -Não tinha reparado, mas ele agora estava na minha frente, me abraçando íntimo demais.
-Amo. Você nao devia ter feito isso. -E não devia MESMO.
-Então. Esse sentimento não vai mudar, eu.. só vou ocupar o lugar dele por uma noite. Tenho certeza que ele vai ficar agradecido. - Sorriu. - Não gostou?
-Cale a boca. Não, não gostei. -Menti duas vezes. Primeiro, eu nao queria que ele calasse a boca. Segundo, eu gostei sim tá?
-Hm.. então acho que você prefere numa situação um pouco mais sufocante...

Não percebi que estávamos tão perto da parede do bar. Só senti a dor do meu corpo contra a parede, e as mãos deles segurando fortes as minhas. Eu não podia me mexer nem que eu quisesse. A boca dele foi passeando do meu pescoço até a minha boca, me causando arrepios. O beijo foi longo demais, fiquei meio tonta; falta de oxigenação do cérebro + minha claustrofobia = quero bis. Ok, chega de ele me fazer de objeto e eu gostar, chega, chega, CHEGA!

-Tudo bem, foi bom, ótimo na verdade, mas acaba por aqui. -Colocou uma mão entre nós dois.
-Meu anjo, eu sei que você gostou. E, não precisa acabr por aqui, afinal, ele nunca vai saber. A não ser que você conte.
-Não vou contar. - Só percebi a besteira que falei quando disse, MEU DEUS! :0 -Quer dizer, não vai ter nada pra contar!
-Onde você está hospedada? -Ele não fez expressão.
-Hilton. Ops. Delete o que eu disse. -Tarde demais, Vanessa. D: Ele riu baixo.
-Me espere por lá. -Ele piscou e saiu de cima de mim.

O Malbec estava me alucinabndo. Além de ser lindo e gostoso ele usava Malbec! Aiai, Vanessa, para de pensar besteiras! Meu Deus, o que eu iria fazer? Simples, não abrir a porta. Nada como um bolo bem lindo na porta de um dos hoteis mais renomados.
Olhei ao redor, ele estava novamente atrás do balcão, com aquele sorriso de lado, lindo por sinal. Passei a minha incrível noite, sem olhar na cara dele e toda vez que ficava com sede ou qualquer outra coisa, ia no bar do andar de cima. Ele reparou.

-Você? Aqui? -Me assustei quando o vi no balcão de cima.
-Eu disse que estaria de olho em você. -E sorriu.
-Boa Noite. -Ia saindo, quando ele gritou rindo, quase zombando.
-Não se preocupe meu anjo, os dois bares são interligados!

Morri. Ele ia ficar atrás de mim o tempo todo! A noite se aabou. Por mais que eu quisesse ficar, dançar, eu não ia trair meus sentimentos, jamais. E, muito menos os de outra pessoa. Eu desci para o térreo meio indignada. Quem era ele pra me perseguir assim? E, quem era ele pra me fazer ficar tão duvidosa e pra tirar o peso do meu anel? Hãm? Quem era ele? Um simples barman com um sorriso impecável, mas porque eu? Enfim, eu resolvi ir embora, e percebi a cara de: 'volte aqui' dele.
Assim que cheguei no hotel fui tomar um banho. Eu estava cheirando a bebida, junto com suor, junto com Malbec. Eca. Entrei no banho e deixei a água correr e tirar todo o cheirto do Chace da minha pele. Que absurdo. Que errado. Isso com certeza não tava certo. E.. o pior que eu não fiz nada, mas.. agora a culpa me possuiu. Eu.. G O S T E I. Isso é inadimissível. Mas.. se bem que gostar não tem problema o problema e´viciar. Ok. Vamos parar com esse assunto, é melhor eu ir dormir se não jajá eu estou dizendo que trair uma vez não é pecado!
Me deitei na minha hiperbigcama e senti minhas pálpebras implorarem pra fechar. Aos poucos meus olhos foram fehando-se e eu fui vendo o teto decorado de anjos e flores sumir aos poucos, até o escuro.
De repente, tudo claro. Eu vi Chace entrar no meu quarto, sem ter ao menos uma chave. Ele foi subindo na cama e parecia decidido, enquanto eu me afastava. Escostei na parte de trás da cama e ele ficou em cima de mim, prendendo meus braços. Ele começou a me beijar, como se sentisse sede e eu fosse o pote d'agua do deserto. Por um segundo resisti, no outro me deixei levar. Sentia meu short de seda pérola descer cada vez mais e...

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Gostaram?!

Beijos :*