Capitulo 36.

13/07/2010 13:24

Assim que cheguei na Popula, no sábado, Jason me deus parabéns e assinou minha admissão. O dia havia começado ótimo. Porém quando chego na minha nova sala, Taylor arrumava a mesa e me recebeu com um sorriso sutil.

-Boa Tarde, Vanessa.
-Boa tarde, prazer vê-la outra vez.
-Chace quer falar com você, linha 2. -Ela saiu sem muita cerimônia. Parece que ele contou a história toda pra ela.

Peguei o telefone e apertei no número 2. Minhas mãos tremiam.

-Boa Tarde, princesa.
-Fale logo, estou trabalhando.
-Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Sexta.
-Você pensa mesmo que eu tenho a semana toda pra você?
-Vai ter que dar um jeito.
-Não posso fazer muito por você. Quais horários?
-Segunda, Terça e Quarta você almoça comigo. E de noite agente resolve...
-Eu não posso almoçar com você três dias seguidos! Zac vai desconfiar!
-Uma hora ou outra ele vai saber, você só está escolhendo a boca que vai contar. -Eu fiquei com medo.
-Tudo bem, tudo bem. -As lágrimas rolavam.
-Quer que eu lhe pegue na faculdade? -Ele riu.
-Não! Não ouse a passar por perto de mim. Vamos almoçar no Partzza, Ostra e Lunchs.
-Você paga não é? Eu não tenho dinheiro pra isso tudo.
-Claro que não, aprende uma coisa Chace: Quando se quer levar uma mulher pra cama, você tem que falir. -Uma raiva enorme tomava conta de mim.
-Tudo bem, burguesinha. Nos vemos segunda no Partzza. Beijos. -Eu desliguei.

Demorei vinte minutos para voltar á realidade. Que desculpa eu daria á Zac? Almoço de negócios, porque agora que era contratada da Popula, tinha que resolver algumas campanhas novas. Isso! Perfeito! E as 5 noites?! Eu estaria trabalhando em projetos, e em outras estaria saindo com Ash porque ela estava deprimida com Scott.
Dez mil dúvidas iriam se passar na cabeça dele, mas era o meu máximo. Tudo culpa minha! Eu já adorava me culpar, ainda mais quando eu realmente tinha! AH!
O trabalho foi muito extressante, mas eu acabei me esquecendo do mundo em volta. Os dias seguintes iam ser os piores e mais aterrorizadores.

-Ash, eu vou precisar da sua ajuda -Falei com uma voz massacrada enquanto saia do trabalho.
-Fale.
-Ele marcou a semana toda de encontros, preciso que distraia Zac.
-Você tá louca? Ele vai pensar o que de mim?!
-Não interessa. Faça o possivel e o impossivel pra fazer ele desgrudar de mim e acreditar nas minhas mentiras, ok?
-Vanessa, isso é impossivel.
-So faça seu máximo, seu melhor. Vou ter que desligar, ele chegou, beijos.

Eu desliguei o celular e Zac sentiu a tensão.

-Aconteceu alguma coisa, amor?
-Estresse do trabalho, muito estresse. -Sorri e o beijei.

Ele me deixou em casa sentindo algo de diferente. Meu coração quebrado, desfiado chorava, gritava, pedia por socorro, pedia por socego, pedia por um abraço eterno. Nada atendido, eu só entrei em casa e fui dormir. Nada de especial, nada de conto de fadas.
No outro dia, eu tinha meus horários da faculdade normalizados. Ou seja, uma manhã inteira pra mim e o almoço com Chace ainda me deixava com náuseas.

-Filha, o almoço tá na geladeira.
-Eu vou almoçar com minha secretaria da Popula, agente tem que resolver dez mil coias.
-Ah, certo. Um beijo querida.

Vinte minutos depois que ela saiu eu fui me arrumar. Quando estava pronta fui para o Partzza, ele já me esperava sorridente.

-Está linda. -Ele me olhou de cima a baixo.
-Obrigada. -Falei friamente e me sentei.
-O que vai querer comer?
-Não estou com fome.
-Olhe aqui -Ele abaixou a voze falou rudemente. -Você vai se comportar como se fosse a minha amante. Igual a NYC, lembra? -Ele pegou meu rosto e me deu um beijo, eu mordi a boca dele. -Se você não se comportar direitinho, alguém vai saber de todo o seu mês em NYC, nos mínimos detalhes. -Ele ainda segurava meu rosto, estava me machucando. -Vamos, me beije.

Eu não podia acreditar que estava passando por isso. As lágrimas começaram a escorrer quando me vi obrigada a fazer aquilo.

-Solte meu rosto. -Ele soltou e eu o beijei, com nojo. As lágrimas caíam involuntariamente.
-Pare de chorar, agora. -Eu enchuguei as lágrimas, sem poder contê-las. O garçom se aproximou e ele fez uma cena.
-Eu sei como é difícil perder um filho, mas podemos tentar de novo. -Que lindo, agora eu tinha tido um aborto --'
-O que desejam? -O garçom tinha pena nos olhos.
-O que quer, amor? -Subia um rio de ódio por minhas veias quando ele me chamava de amor. Gr
-Qualquer coisa, não estou muito bem. -Ele revirou os olhos.
-Traga o que vocês tiverem de melhor. -Chace disse fazendo uma cara de pai arrazado. Coitadinho...
-Sim, senhor. -O garçom saiu quase chorando. Que... que emoção Oo
-Adorei a cena, parabéns querida. -Odiava o querida tb, GR.
-Obrigada. -Sorri de levem, mas falsa.
-Olha, Vanessa... Eu não estou fazendo isso pra te machucar.
-E seria mais pra que, meu Deus?! -Eu não o entendia.
-Eu só quero um pouco de você. Ele vai te ter pro resto da vida, custa uma semana você focar em mim.
-Custa. Eu não amo você, Chace. Eu amo o Zac. Aquilo foi um erro, uma pisada de bola. Eu não devia ter caído na sua... E só estou aceitando isso por Zac, não por você.

Um silêncio penetrou a mesa. Ele encarou a mesa, pensando. Eu queria que naquele momento ele estivesse desistindo de tudo, pensando em mim, e no amor que ele dizia sentir por mim.

-Então eu não posso fazer nada, mas você vai ter que me tratar como me tratava antes, assim seu enforço por ELE não valerá a pena. -Como ele era insensível e louco!
-Tudo bem, então vamos brincar de teatro. -Eu dei uma pausa, sorri falsamente e continuei. -Que bom ver você Chcae, já estava morrendo de saudades! -Segurei a mão dele e ele riu.
-Menos, só um pouco menos. -Ele beijou minha mão, com o olhar sedutor que eu nao caía mais.

O garçom me salvou com a comida. Não comi muito, afinal eu estava muito triste pelo meu aborto surpresa. --' Comemos praticaente em silêncio, ele perguntava, eu respondia e sorria falsamente e aí ele ria. Depois de ele pagar a conta, nos levantamos da mesa e ele insistiu em pegar minha mão.

-Eu acho que isso é público demais. -Dei a desculpa.
-Tudo bem, amor. -Ai que raiva, eu já estava mandando ele jogar esse amor pela janela.

Ele colocou a mão na minha cintura. Grande avanço, Chace --'

-Você vem comigo.
-Não, claro que não! Todo mundo na Popula sabe do Zac, vou te táxi.
-Ok, nao vou insistir muito. Ah, não esqueça de hoje á noite...
-Onde você mora?
-Vamos pra um Motel, eu estou na casa da Taylor.
-Motel não...
-Ok, então eu vou dormir na sua casa, que tal? -Ele não estava brincando.
-Que Motel?
-Eu lhe ligo. -Me puxou e me deu um beijo. Logo depois entrou no carro.

Eu resovli ir andando. Cheguei atrasada, mas foi bom... Pensei muito sobre o que ia fazer á noite. Assim que chego na porta da Popula, Zac liga.

-Amor, saudade. -Como eu precisava dele.
-Muitas, onde você esta?
-Na Popula. Acabei de chegar do almoço com Taylor. -Ela ouviu e concordou, sabia que teria que mentir.
-Sua mãe falou, foram onde?
-Partzza.
-Nossa, ganhou na loteria foi? -Eu ri.
-Não, agente não comeu muito. Dividimos, ficou barato.
-Querendo mostrar o melhor de Londres pra coitada né? -Ele brincou
-Tem que ser! Ah, Terça e Quarta também vou precisar almoçar com ela, quero familiarizá-la de tudo, afinal as coisas estão uma loucura esse semestre.
-Poxa vida, sacanagem né amor...
-Mas na quinta almoça comigo? :$
-Vou pensar, ta me trocando demais u.u -Eu sorri.
-Engraçado. Por favor, poxa. Eu estou com saudades de você... -Pela voz, ele ia me convidar pra jantar e.... Bom, vocês entenderam.
-Não posso. Acho que vou dormir no escritório pra poder ter a sexta livre e olhe lá!
-Dormir no escritório? -Ele começou a desconfiar.
-Não literalmente, mas vou chegar tardíssimo em casa. Agora sua namorada é chique, meu filho... Tá pensando o que! -Eu diverti. Ele riu comigo, mas não gostou da idéia de passar a semana bem longe de mim.
-Final de semana você vai ficar aqui em casa, quero nem saber. -Ele reivindicou.
-Tudo bem, final de semana eu sou só sua, combinado?
-Fechadíssimo. -Nós dois rimos. Jason: VANEEESSA! -Af, esse cara é um estraga prazeres.
-Ta vendo que a bomba ta quase explodindo aqui? Tenh oque ir, te amo muito muito muito.
-Te amo mais, beijos princesa.

Eu desliguei bem relaxada. Ele tinha caído nas minhas mentiras fácil, fácil. Fui resolver mues abacaxis pequenos, porque de noite seria o pior de todos. Eu não sabia o que pensar de mim. Talvez eu fosse tão baixa a ponto disso ou tão apaixonada para tal.
Eu nunca havia entrado em um Motel. Primeira vez, me lembrava o Hotel de NYC, mas não existiam os anjos e as flores. Ele me comia com os olhos, eu me sentia uma presa prestes a morrer. Me sentia encurralada e sem poder gritar socorro...

--x--

Gostaaaaaaaaaram?! Espero que sim. COMEEEEEEENTEM *-* Adoro os comentáros de vocês viu? E obrigada Bah por comentar e ler meu blog pessoal, é mt mt mt importante pra mim :$ Bom, quem ainda não conhece ou não comentou, deixo aqui o link pra vocês, é só clicar.

Beijos.

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