Capitulo 33.

07/02/2010 13:31

Assim que sentei na mesa, Zac percebeu meu pânico. 

-Amor, o que houve?
-Não, nada. -Eu a encarava mesmo sem querer.
-Não minta pra mim. -Ele se ofendeu.
-Não estou mentindo, só.. mal estar. 
-Vai querer o que? -Ele mudou de assunto, mais ofendido ainda. Pra cortar o clima, me atirei na cova.
-Amor, desculpa. É que acabei de ver uma menina da Popula de NYC. Chatíssima, foi isso. -Olhei e ele seguiu meu olhar. 
-Ela deve tar lá em casa, provavelmente. -Ele relaxou, e para o meu azar ela me viu e veio em minha direção.
-Droga. 

Tudo foi em câmera lenta. Taylor vinha sorridente e alegre, e assim que ela passou pela porta, a mesma se abriu. Assim que vi o rosto, tudo ficou escuro. Não me lembro mais de nada. 
Quando acordei, estava em um lugar totalmente branco. Será que eu havia morrido? Não, eu vi o rosto de Zac atônito, se eu estivesse morrido, provavelmente ele não estaria lá. 

-Amor, meu amor, tá me ouvindo?!?!
-Uhum...
-Graças a Deus! Ela acordou, Dr... 
-Dr. ?
-Você desmaiou. Quase me faz ter um infarto, Ashley quase foi demitida... Revolução Vanessa, é? -Ele sorriu, ainda nervoso. Eu acompanhei com um sorriso mais leve. 
-Aquela.. aquela garota...?
-Está lá fora... com aquele teu amigo. Odeio ele. -Fechei os olhos, só pra não chorar de desespero, Zac me assustou. -Vanessa!
-Desculpa, a luz ta forte. 
-Não feche os olhos, por pelo menos uma semana, ok? -Ele brigou.
-Tudo bem, papai. 
-Por falar nisso, seu pai quer me bater. -Ele falou com medo. Meu pai havia sido do Exército e agora, da Polícia. 
-Por que? 
-Sua mãe pensa que você está grávida, e seu pai quer me bater. Lógico isso, certo? Tô me sentindo o estrupador de criancinhas indefesas. ¬ -Dei minha primeira risada verídica. -Não ria, eu posso morrer sabia?
-Qual é? Painho não vai te matar. Afinal, eu não estou grávida, certo? -Um certo medo subiu. Quem seria o pai? 
-Não, quando sua mãe falou, mandei o médico fazer um exame. 
-Graças a Deus! -O médico interrompeu, com uma boa notícia. 
-Licença, jovens. Ela só teve uma queda de pressão, é só cuidar para não acontecer de novo. E, querida, leve isso pra sua mãe. -Me deu um papel. -Pode salvar a vida do seu namorado. 

Era o exame de gravidez. Nós três rimos, e saímos da salinha de emergência. Um exército me esperava na sala de espera. Olhei todos os rostos, Chace me olhou com devoção e com raiva pela mão de Zac na minha cintura. 

-Meu anjo! -Minha mãe veio em minha direção. 
-Antes de todos os abraços e broncas... eu não estou grávida. -Vi o medo de Chace quando soube da possibilidade. 
-Ainda bem, quando Zac me falou que você disse passar mal antes, quase desmaiei eu! 
-Mãe, eu não sou ainda uma adolescente irresponsável. -Meu pai não tinha perdoado. 
-Tudo bem, me desculpe chatinha. Mas o que você tem?
-Pressão baixa. Cansasso de viagem, agente discutiu hoje de manhã, bláblá. Junta tudo e mais um pouco -Olhei pra Chace.-Dá em pressão baixa. 
-Ok, mas já esta bem não é? Liguei pra Jason, ele lhe deu hoje de folga. 
-Vou descansar, prometo. 

Ashley chegou perto e me puxou para longe um pouco de todos. 

-Você se ferrou. 
-Eu sei, não precisa ser tão direta. 
-Conversei com a Taylor. Ela vai MORAR aqui, e o irmãozinho dela, seu amante, vai vir aqui a cada 4 meses. 
-Como assim?! 
-Como assim? Você vai trair o Zac a cada 4 meses, vai virar uma rotina. Fica mais fácil pra você organizar os horários, não acha? -Ela falou irônica. 
-Não! Eu não vou trair Zac! Ele é tudo pra mim, não vou cometer o mesmo erro duas vezes, nem mil! 
-Chace vai acabar contando, Vanessa. Ou você conta, ou mais cedo ou mais tarde o Zac vai saber pelo Chace.
-Você quer que eu desmaie de novo?
-Hoje á tarde, na sua casa. Eu, você e Chace.

Depois disso tive que contar a mesma mentira dez vezes pra todo mundo que tava lá. Chace me encarava e decifrava meu nervosismo enquanto Zac não me escutava, apenas me dava beijos no ombro e no rosto de olhos fechados. Ás vezes ele sussurrava: Deus, obrigado.
Logo depois, Zac prometeu me deixar em casa, e por um impulso ridículo, ofereceu carona á Chace. 

-Taylor, Chace... não querem carona até o restaurante?
-Não, não precisa. Obrigado. -Chace disse, quase aceitando. 
-Qual é, é longe. -Zac insistiu de total boa vontade. 
-Se insiste. -A raiva subiu quando Chace pronunciou as palavras. 

Fomos para o carro, e para que não restasse dúvida alguma, eu abracei Zac pela cintura, e ele me acolheu. Imaginei o quanto de ciúmes ele estaria sentindo e me senti vencedora por dentro.
Estávamos todos no carro, quando Zac começou a fazer as malditas perguntas. 

-E aí, Taylor... tá gostando de Londres?
-Sim, muito! É calma e divertida ao mesmo tempo, não sinto saudades de NYC. -Ela riu. 
-E você, Chace?
-É fantástica. -Eu senti o olhar dele pelo banco; segurei a mão de Zac.
-Nossa, pensava que você preferia o agito de NYC... -Zac sorriu pra mim, enquanto falava.
-Tem certas coisas que agente tem que deixar pra trás, quando se tem um objetivo maior. -Eu gelei. -Quero o melhor pra Taylor. 

A tensão da viagem não me afetou, por incrível que pareça. Eu o via como uma criança que precisava de doces para guardar um segredo. Só tinha que descobrir quais seriam os doces. E, segurando a mão de Zac eu me sentia segura, inteira, forte pra derrotar qualquer pessoa. 
Me surpreendi quando paramos em frente á minha casa.

-Mô?
-Amor, Ashley tá aí... não quero fazer você rodar demais. O médico falou: repouso. -Olhei rapidamente pra trás, o sorriso maligno de Chace apareceu. Eu comecei a ofegar. -Amor?!
-Eu não quero ficar longe de você. -Admiti. A verdade fluia livremente. Senti a raiva no rosto de Chace. 
-Eu tenho que trabalhar, não queria, mas tenho. Vem, eu vou com você lá dentro, ok? 
-Tá..

Saímos do carro, e eu abracei ele como se fosse o último. Se Chace contasse, seria. Ele retribuiu, e eu lhe dei um beijo, com gosto de último. 

-Eu te amo. -Eu disse convicta, olhando em seus olhos. 

Eu queria que ele tivesse certeza, e que jamais esquecesse. Poderia ser o último que ele realmente acreditasse. Eu queria que pelo menos marcasse. 

-Eu também lhe amo. Sempre... sempre vou amar. 
-Escuta, eu te amo, não importa o que acontessa... Eu te amo! 

Ele me abraçou feliz, mas sem entender. Logo ele iria entender, logo eu ia conhecer sua fúria. Logo eu iria perder o homem da minha vida. Logo, eu iria estar sozinha. Logo, eu não seria mais eu. 
Ele me deu mais um beijo e entrou no carro. Vi o carro sumir, junto com a minha vida. 

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