Capitulo 29.

11/05/2010 22:41

 Não consegui dormir. Eu estava pensando no quanto eu iria crescer profissionalmente, e pensava em como Jason iria me tratar a partir de agora. Estava em dúvida se o meu relacionamento com Ashley continuaria o mesmo. Eu só senti a descida do avião e o pânico súbito. 

-Bem-Vinda de novo, Vanessa. -Disse a mim mesma confiante. 

Peguei minha necessirie, e saí do avião após muitos passageiros apressados. Na sala de desembarque, enquanto esperava minhas malas, li uma mensagem de Chace: "Cuide do meu coração, te amo." Apaguei-a em seguida, não queria riscos. Peguei as malas, e com dificuldade caminhei para a a porta. O barulho do sapato no chão me deixava tensa, eu não sabia se encontraria rostos tristes ou alegres. Não sabia se Ashley tinha ficado quieta. 
Porém, logo essa ansiedade parou, quando assim que a porta abriu caminho para a minha passagem, um homem angustiado, saudoso, lindo e transbordando de alegria correu ao meu encontro. 
Eu larguei tudo no chão e ele me suspendeu no ar, aquele sem sombra de dúvida, foi o melhor dos beijos, o mais apaixonados dos beijos. Minha mente e minha alma estavam desestoxicadas de Chace, tão rápido, tão fácil, totalmente limpa. Ouvi apalusos, mas ele não me soltou, e nem eu queria soltar ele. Um mundo de saudade apareceu no meu coração e o que eu mais queria era viver com ele todos, todos, todos, todos os dias da minha vida.
Ele me desceu, e dava vários beijos, incansavelmente, me dava vários beijos salgados, em consequencia das lágrimas que desciam tanto de seu rosto quanto do meu. Eu pude ouvir, entre sussurros, agradecimentos a Deus. 

-Eu te amo! -Ele disse, chorando de tanta alegria, e me abraçou. 
-Eu.. eu.. eu.. -Os soluços me impediam de pronunciar qualquer coisa. 

Ele me beijou de novo, e ouvi mais apalusos. Eu, sempre tão aderente da opinião pública, agora não me importava se achavam isso um showzinho, ou se achavam emocionante. Não me interessava se estavam rindo ou chorando, aplaudindo ou chingando, o que importava é que eu estava amando. 
Ele, um pouco ou muito mais calmo que eu, me deu um beijo na testa e eu o abracei, o mais forte que pude, presa num choro que me custavam ruídos. Encaichei minha cabeça em seu peito, e me senti segura, como há trinta dias não sentia, enfim, Maio tinha terminado alí. 
Me abraçando, e tentando pegar o máximo de coisas minhas possíveis, ele me levou onde uma comitiva estava a espera, quase todos derramados em lágrimas. 

-Minha filha! -Eu só mudei de braços, porque o abraço era o mesmo.. O de uma criança que precisa de colo. Não podia pronunciar uma palavra, os soluços e o choro não me deixavam. -Que saudades da minha little butterfly! -Ela me acompanhava no choro.

Meu pai e minha irmã se juntaram ao abraço e ficamos ali, os três, chorando. Não um choro de desespero, um choro angustiante, mas um choro de alívio, o mais alegre de todos! Mais calma, mas ainda saudosa de abraços, vi Ashley meio afastada. Ela chorava, abraçada em si mesma, se contendo para não correr e pular em cima de mim! Fiz o trabalho por ela. 
Nossas unhas se cravaram no ombro uma da outra. Uma saudade silenciosa, uma só pessoa que se completava com aquele abraço. Éramos mais que amigas, éramos irmãs. 

-Saudade de você, V. -Ela falou baixinho. 
-Não sei como aguentei um mês sem esse abraço, Ash. -Beijei o rosto dela, e nos afastamos um pouco.

Mesmo com os olhos inchados, sorrisos brotavam de todos os rostos. Vi novos rostos: Scott e Starla.

-Scott! Saudades, precisamos botar as investigações em dia! -Rimos juntos, ninguém entendeu, era um segredo particular. No início do meu namoro com Zac, ele me contava as burradas dele, era meu detetive. 
-Claro Vane, só que agora agente vai trabalhar em equipe. -Ele piscou e eu saquei que eu teria que vigiar Ash também. 
-Bem-vinda de volta, querida. -O sorriso simpático e azedo, combinava com o rosto da minha sogra. Devolvi o sorriso e agradeci, saindo do abraço de Ash, e voltando a Zac, quase que inconcientemente. Abracei a cintura dele, e seu braço envolveu a minha. 
-Obrigada, Starla. 

Saímos do aeroporto, todos em volta de mim, muitos estranhos olhavam e sorriam pra mim e pra Zac. Scott carregava as 'duas' malas e Zac apenas uma, exatamente pra não me soltar. HAHA, a melhor parte foi no estacionamento. Só tinham dois carros e eu e Zac não iríamos separados de jeito nenhum.

-Vem Zac.. -Starla falou, ordenando quase. 
-Vou com tia Gina, mãe. Posso, tia? -Minha mãe, passiva, sorriu consentindo. 
-Vai fazer Gina dar a volta no quarteirão? Nada disso. -CHATA.
-Ela ia ter que dar a volta do mesmo jeito, a Ash mora pertinho lá de casa e o Scott também. -Ele defendeu.
-E além do mais, Starla.. O Zac pode dormir lá em casa, sem problemas, hoje é exeção. -Minha mãe ajudou. 

Starla ficou sem argumento, já que minha mãe descobrira que eu não era virgem, após encontrar mil roupas de Zac no meu guarda-roupa. Ganhamos, HAHAHAHA! 
Dei um abraço demorado em Ash e ela prometeu ir lá em casa no outro dia. Fiz meu toque secreto com o Scott e entramos nos carros rindo.
Assim que entramos no carro, minha mãe foi bem direta.

-Hudgens, já sabe. Precisamos conversar. -Pelo sorriso de canto, eu reparei qual seria a conversa. Aquelas bem brega, falando de ginecologista e camisinha, como seu eu não soubesse disso. ¬ 

Eu só precisei prender o riso quando Zac sussurrou: Seu pai não tem arma em casa, né? Ficamos os dois abraçados segurando o riso, enquanto minha mãe notava e ria descaradamente. 
Quando o momento 'não me mate de rir' passou, ficamos abraçados, ele alisando meu cabelo, e eu praticamente deitada no colo dele, como um bebê, alisando sua nuca. Logo, meus olhos foram fechando, eu sabia que quando acordasse ainda estaria vivendo meu sonho. 
Quando me dei por acordada, eu estava nos braços de Zac, e minha mãe errava a fechadura da porta, deixando a chave cair. Stella reclamava da demora, porque queria ir para o computador, e Zac mesmo com meus quase 60kg no braço, não reclamava nem por pensamento. Quer dizer, em pensamento ele devia estar implorando pra chegar logo no meu quarto. Abri os olhos, e ele sorriu com a maior meiguisse, minha mãe abriu a porta. 

-Me coloque no chão, tô pesada. -Disse poupando-o do lance de escadas. 
-Leve como uma pena. -Ele sorriu. -Vamos treinar pro casamento. -Meu pai ouviu essa e olhou desconfiado de lado. 

Ele subiu as escadas de dois em dois degraus, quase gritei. Stella já estava presa no seu quarto, e um pouco mais cansado, ele entrou no meu. Era estranho agora. Estava acostumada com meus anjos e flores, com minha big cama, e com minha varanda. Na verdade, tudo do Hotel. Mas, por mais pequeno que meu quarto fosse, por mais sem recursos que fosse, ganhava de dez a zero por Hotel. Rã. 
Ele me deitou na cama e sentado na beira dela, me deu um beijo. Meus braços ainda prendiam seu pescoço, pra que ele ficasse o mais perto possível, nenhum centímetro longe. Quem via de fora, podia imaginar um desfecho um pouco mais quente pra cena, mas eu não ia fazer isso com minha mãe vagando pelos corredores. Já era péssimo quando Starla abria a porta do quarto de Zac quando não devia, com minha mãe seria o fim! 
Separamos o beijo, mas nossos olhares e sorrisos estavam em sincronia. Sentei-me na cama e ele se apoiou na mesma com o cotovelo, passando por cima de mim. Os dois semi-deitados.

-Porque sua mãe me odeia tanto? -Eu disse em tom de zoação, mas era verdade. Ele riu, e eu dei um sorriso.
-Acho que é porque eu sou o único filho que ela tem em casa. -Ele brincou, mas isso com certeza era o motivo. Starla tem dois filhos: Zac e Dylan, da idade de Stella, mas que mora com o pai. Fruto de um casamento frustrado. 
-Mas eu sou uma pessoa tão legal, tão linda, tão inteligente.. -Ele me interrompeu. 
-Tão sexy, tão alegre, tão bem resolvida, tão 'esposa perfeita'. -Rimos juntos e minha mãe apareceu na porta. 
-Tem um lanchinho lá na mesa, vou na padaria e volto já. -Ela falou analisando a cena.
-Agente já desce. Fecha a porta quando sair, por favor? -Disse rindo, queria ver oque ela ia fazer. Zac morreu de vegonha.
-Engraçada. Não.

Ela riu ironicamente e saiu, sem fechar a porta. Que insulto! KKKKKKK

-Chata essa sua sogra.. -Eu me levantei da cama, queria tirar aquela roupa tão séria, tava me sentindo a executiva. 
-Implicante essa minha namorada.. -Ele riu e eu dei língua pra ele. 
-Chatinho. Mas, o pior que eu tava falando sério.. Ela que tem mente poluída e pensa outras coisas! Eu só nao fico trocando de roupa na frente do meu pai, por isso queria que ela fechasse a porta, af. -Ele deitou na minha cama e eu fechei a porta. 

Peguei o mini-short azul e uma blusa regata branca. Joguei o scarppin longe, junto com a calça preta, a blusa preta e o soutien preto. Eu odiava a sensação de ser observada, eu sempre ficava medindo minha barriga, e outras coisinhas quando trocava de roupa, morria de vergonha. Principalmente quando minha mãe bateu na porta. 

-Entra. -Botei a blusa branca bem rápido, e nós dois olhamos pra porta quando ela abriu, constrangida.
-Comprei Mc Donald's. E a Starla ta no telefone.. 
-EBA! -Eu disse, em NYC não teve uma vez que comi Mc Dondald's

Zac se levantou da minha cama sem saco de atender o telefone. Eu pus o mini-short bem rápido, pra dar tempo de descer com ele. 
Meu pai já estava no telefone, negociando com os mil fornecedores, isso me irritava terminantemente. Sentamos na mesa, e começamos a comer, enquanto Zac ouvia Starla falar alguma coisa. A expressão séria e o olhar fixado em um só ponto, me fizeram ficar com medo. Talvez ela tivesse uma bola de cristal e tudo. Ele desligou o telefone, para minha calma.

-Que foi, mô? -Ele me olhou desanimado. 
-Um pessoal da Popula vai ficar lá em casa, Jane.. Janny, alguma coisa assim, ligou pra minha mãe. Ela queria saber se eu queria dormir no sofá ou no porão. -Ele riu sem graça, minha mãe e eu rimos do ironismo. 
-O Dy vai praí essa semana também né? -Dy, era Dylan. Ele sempre ficava Junho e Julho na casa de Starla. E como o quarto de Dylan tá em reforma, Zac ia dormir no quarto de visistas. Que depois dessa, ia estar ocupado pelo pessoal da... POPULA? OMG, QUEM DA POPULA? DA POPULA DE ONDE? Eu gelei. 
-É, minha mãe me odeia, af. -Ele pegou o sanduiche, mas eu fui mais rápida.
-Da Popula de onde? 
-NYC né, mô. Você deve conhecer o povo. Nem sei porque ligaram pra minha mãe.. -Nem eu. Pensei arrasada. 
-Esse tempo que o pessoal vai ficar na tua casa, você podia ficar aqui, né mãe? -Olhei pra ela, e dei um gole na Coca-cola. 
-Eu não faço questão nenhuma, aí você pergunta pro seu pai.. -Como ela era chata! GR. 
-Sem graça. -Fiz uma careta. Zac e mainha riram. 

Continuamos nosso lanche, e depois fomos assistir 'American Idols'. No sofá, eu estava deitada, com a cabeça pouco levanata, no colo de Zac, ele me abraçava, acariciando meu ombro. Eu alisava sua mão, e estávamos vidrados na tela. Até hoje não vi uma cantora melhor do que Kelly Clarkson no Idols. Mas eu tinha minha preferida. 
E, do nada, meus pensamentos voaram pro celular de Zac que tocou. 

-Alô? -Uma pausa, ele riu. -B, como tu ta? -Quem era B? RÃ. -Vô nada, tô com minha namorada, só saio daqui próxima vida, blz? -Ele deu uma gargalhada. -Claro que não, eu não gosto dessas festas da faculdade, vou muito levar ela.. -Eu não acredito que ele andava indo pra as putarias da faculdade, AAAAA iríamos ter uma séria conversa sobre isso. GR. -Vou não, vou não. Tem que terminar ainda o trabalho.. -Uma pausa, ele me olhou, e leu todas as perguntas que eu iria fazer. -Vou desligar.. -Uma pausa, ele riu. -Pode ligar, eu não tô em casa.. -Ele riu mais ainda. Eu não tava vendo graça, HAHA. -Exatamente, tchau B. -Uma pausa, ele sorriu e desligou.

Minha mãe ficou olhando pragente, e ele me olhou, eu olhei ele com a raiva subindo no teto já. Ele ficou calado, esperando eu perguntar, e minha mãe sorrindo, parecia estar se divertindo, que ridícula!

-Quem é B? -Eu sabia ser chata.
-B de Betty. Da faculdade.. -Ele diminuiu uma pergunta. 
-Pra mim é B de outra coisa.. 
-Calma, ela é limpeza. -Não interessava. Bitch, bitch, bitch. 
-Ah, outra coisa.. eu não sabia que você estava indo para "festinhas da faculdade" -Me sentei no sofá.
-Você que falou: Tente sair, se divertir -Fazendo a voz fina. -Pronto, saí e me diverti. -Ele sabia que não era disso que eu tava falando, e tava me provocando. 
-Claro, mas em nenhum momento eu disse: Saia, se divirta e desça até o chão no autidório da faculdade! -Eu falei um pouco alto e exagerei. 
-Peraê, mô.. Eu não fiz isso né.. -Ele se defendeu. 
-Mas eu tenho certeza que tinha um bucado de mulher que fazia, RÃ. -Peguei ele. Agora não tinha saída. -Era melhor ter ido num bordel, ia dar no mesmo. Não quero mais, ouviu? Não quero, não quero.
-Er.. nem teve essas coisas.. e eu só fui em uma, or.
-Não interessa, não vai mais e nenhuma, e eu quero conhecer a bitch. Rã. 
-Amor!
-Tudo bem, a Betty. -Falei com a voz enjoada e levantei. 

 

Peguei um copo de Coca-cola, e fui subindo a escada. No meio da escada, ainda emburrada, chamei ele. Ele levantou com uma cara de uma ovelha que ta indo ao matadouro. Minha mãe quase teve crises de risos, e ficou assistindo um programa de culinária. 
Na porta do meu quarto, já estávamos aos beijos.

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Gostaram? Continuem comentando que vem mais capitulos! Beijos :*

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