Capitulo 24.

 Eu havia esquecido que tinha um projeto pra entregar, mas me esforcei o máximo que pude. Desocupei minha cabeça de todos os meus problemas, de todos os meus erros, dos meus dois amores. Ninguém me atrapalhou, e o mundo parecia ter me esquecido. O projeto começava a fazer um sentido. Quando 'terminei' eu percebi que todas as peças da coleção estavam ajustadas perfeitamente e existia uma luz azul no canto esquerdo, não entendia o motivo de tê-la posto ali, mas segundos depois, vendo o contexto todo, percebi que um rosto formara-se ali; Zac.

-Licença, Vanessa? -Katy falou.
-Sim, Katy. Entre. -Ela rapidamente entrou, e me olhou com um súbito ódio.
-Jane está lhe chamando, a audiência é agora. -Katy abriu a porta e me esperou impacientemente.
-Tudo bem, dez minutos. 

Salvei no meu pendrive, e saí atras de Katy. Assim que entrei na sala de Jane, meu coração parou; eram as mais respeitadas mulheres da história da moda. Controlei meu histerismo e tentei ser explêndida. 
Eram quase oito da noite quando consegui sair do trabalho. Dei meu máximo, mas do nada, veio uma dúvida na minha cabeça. Quem estaria me esperando na porta do trabalho? Enrrolei um pouco conversando com a recepcionista, e depois saí, nervosa.

-Meu amor. -Zac sorriu, alegre e me abraçou. Procurei ao redor, mas não achei Chace. Ele não aparecera, provavelmente muito magoado. 
-Que bom te ver aqui. -Eu sorri sincera, e enquanto entravamos no táxi, pensei se eu teria coragem de olhar pro teto, os anjos deveriam estar atirando flechas em mim! 
-Ei, cadê meu beijo? -Zac pediu, morrendo de vontade de me abraçar e nunca mais soltar. 
-Hmm, nem sei se tem beijo pra você. -Brinquei.
-Ah é? Tem certeza que não tem nenhum beijo? -Ele se aproximou, e colocou minha franja atrás da orelha.
-Eu posso mudar de idéia. -Eu sorri. E desviando meu olhar por um segundo, vi a figura de Robert sumir com a velocidade, mas seu sorriso era devastador. 
-Ah, pode mudar é? -A voz de Zac me trouxe de volta aos seus olhos, e eu mergulhei neles, esquecendo todo o resto, até mesmo o motorista atônito. 
-Depende de quem quer o beijo. -Eu desviei o olhar envergonhada. Ele sorriu e me deu um beijo no rosto.

Estávamos tão próximos, eu podia sentir o frescor de seu hálito; fechei os olhos e o beijei. Era um beijo tão puro, tão doce. Não era voraz, e fora de limites como o de Chace. Era um beijo que me deixava calma, única e especial. Não aquele que me destruía e me possuía. Mas aquele que me pertencia. 

-Eu te amo. -Ele disse entre o beijo. 

Eu me agarrei naquilo com tanta força, com tanta fé, que eu sentia que não precisava de mais ninguém além dele, não poderia existir alguém mais perfeito pra mim, como ele. Em mais um intervalo de beijo, ele sussurrou que me amava e eu o abracei certa de que não merecia uma gota daquelas palavras. 
Chegamos no Hotel e ele, como sempre muito educado, abriu a porta pra mim e entramos de mãos dadas. Sabrina me olhou estranhando e me deu a chave, escandalizada. No elevador, ele me abraçava com aquele sorriso lindo.

-Como foi o dia? Estressante? Desesperador? -Ele imitava minha voz, eu dei risadas.
-Desesperador, mas no final deu tudo certo. Jane, minha chefe, pediu um projeto há dois dias, pra entregar hoje. Quase morri quando vi a dona da Prada e a editora-chefe da Runaway na minha frente! Fiquei nervosa, mas eu acho que elas gostaram, me deram até umas roupas, fiquei beje! Ganhei uma blusa vermelha, um batom vermelho, uma bolsa vermelha, um sapato vermelho, uma saia vermelha e uma lingerie verde! AAAA, estou realizada! -Eu estava tão feliz por não ter que pagar quase 7 mil por cada peça *-* 
-Bendita entre os vermelhos, a lingerie deve ser a melhor. -Ele sorriu maliciosamente, aiai homens! 
-Safado! Ninguém falou em vestir, eu falei que tinha ganhado. -O elevador chegou e entramos no quarto discutindo o fato de eu usr ou não a lingerie. 
-Eu tenho certeza que ela te deu pra você usar, não pra guardar num cofre. -Ele revirou os olhos, me abraçando pela cintura. Larguei a bolsa na poltrona e bocejei irônicamente.
-Meu amor, pelo preço dessa lingerie, eu devia mesmo guardar num cofre! -Ele ignorou o que eu disse e de um beijo no meu pescoço, e tentou desabotoar minha blusa; eu me soltei dele fazendo pirraça. 
-Não acredito que você ta falando sério em guardar num cofre! -Ele fez uma cara de assustado. Eu sorri maliciosamente. 
-Claro que não, seria um disperdício. -Pisquei, e desabotei rápido a blusa. Ele entendeu e sorriu assim que viu o verde esmeralda brilhar. 

Ele me agarrou com jeito, e tirou minha saia, fácil fácil. Sentia meu coração bater cada vez mais forte, e os beijos dele não queimavam na minha pele, como os de Chace; faziam borboletas voarem na minha barriga. Ele me jogou na cama, e já sem camisa, tirou minha sandália beijando minha perna. Ele percorreu todo o meu corpo com beijos, mordidas e carinhos, que me causavam arrepios e me faziam delirar. Não deu muito tempo, para estarmos completamente despidos, e a cada toque, a cada sensação que eu sentia, eu sabia que ele estava dizendo que me amava. 
Eu não estava fazendo sexo com ele, estava fazendo amor. 

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Espero que tenham gostado! Postei no meio da semana porque nao deu no fim de semana! Final de semana que vem tem mais! Beijos :*