Capitulo 23.

11/02/2010 10:37

 Eu gritei no carro e Chace parou no mesmo instante atrás do táxi com um freio estrondoso, Zac virou-se para o carro mas eu acho que não me reconheceu, eu estava mudando de cor, de tão nervosa!

-Você está bem? -Chace estava aflito.
-Não, não estou. Meu namorado veio para NYC. -Desta vez quem estava branco era Chace.
-Como você sabe? 
-Ali! -Apontei tremendo para Zac, então Chace saiu do carro.

Eu tive ataque e tentava tirar o cinto, mas não acertava! Chace arrodiou o carro e abriu a porta pra mim. Eu me acalmei de instantâneo. 

-Não faça isso outra vez. -Ele sorriu, brincalhão
-Tudo bem, acho que ele se ligou que é você, não me chame de amor na frente dele. -Ele se divertia com a situação.
-Não teve graça. 

Saí do carro e Chace pelo jeito, parecia ser meu motorista particular.. e que motorista! Assim que encarei Zac, ele virou o olhar e sorriu pra mim. Fiz cara de surpresa e maravilhada, Chace estava com o sorriso mais sincero do mundo. 

-Zac? Não pode ser! -Parei a uns dois metros dele. Depois com um sorriso estoneante, corri e praticamente pulei em cima dele. Ele me abraçou e beijou meu rosto, como se tivesse encontrado o tesouro perdido. 
-Recesso da faculdade. -Ele falou, explicando a vinda inesperada. 
-Que saudades! A melhor surpresa da minha vida! -Eu disse em dúvida se era ou não. Ele me colocou no chão, mas sem me soltar. 
-Pena que vou ter que ir próxima semana, mas eu quero esquecer isso, o que importa é que eu estou aqui, com você. -Ele sorriu, sincero, realizado. Como eu podia machucar tanto uma pessoa tão boa? AAAAAH!

Ouvi um barulho de porta de carro e depois um motor. Droga, Chace! Me soltei relutante do abraço reconfortante de Zac, e quando me virei Chace ainda estava me esperando, foi só o taxista que foi embora. Tive que usar do meu teatro, de novo!

-Ah.. amor, esse é o Chace. -Nos encaramos, mas Zac não reparou.
-Prazer. -Disse Chace, parecendo sentir ciúmes da mão de Zac na minha cintura.
-Muito prazer, Zac. -Zac falou alegre e simpático, como sempre foi com todos.
-Bom, amor, não me fale que fez uma reserva no Hotel! -Eu relutava com minhas palavras, como eu queria que ele ficasse em outro quarto, ou não.
-Claro que fiz, queria que eu dormisse na rua? -Ele riu, brincalhão.
-Não, dã. Pode cancelar viu? Quem já se viu, tem que dormir comigo. -Fiz bico, Chace tossiu e me encarou. -Parece que tá doente, Chace. Eu tenho um remédio lá no meu quarto. Vamos fazer assim, amor, você cancele essa reserva, porque eu quero você perto de mim, - e queria.- e você vem comigo Chace, vai que você piora. 

Zac aceitou, e fomos eu e Chace pro elevador. Assim que a porta se fechou, comessamos a discutir. 

-Você ficou louca?! -Ele passava a mão no cabelo, me achando insana.
-Não, eu tinha que parecer a namoradinha morta de saudades! 
-Mas não precisava oferecer seu quarto, sua cama! -Ele não estava brigando por nao poder passar a noite comigo, mas por ciúmes.
-Eu não acredito...
-No quê? Que você fez isso? NEM EU! 
-Você está com ciúmes do meu namorado?
-Claro que... bem.. não interessa! Você podia ter ficado calada! 
-É só por uma semana! 
-Ele vai te ter pro resto da vida, e ainda por cima me roubar uma semana do MEU tempo! -Ele parecia desesperado, mas o elevador chegou, e um casal entrou no elevador em nosso lugar. 

Assim que entramos no quarto, tranquei a porta e sentamos na cama. 

-Amanhã, vou trabalhar até tarde. Que tal irmos ao cinema? -Disse tentando confortá-lo.
-E se ele descobrir? 
-Não vou poder fazer nada, acontece. -Ele sorriu, e se levantou da cama. 

Bastou ele dar 4 passos em direção a poltrona que Zac entrou pela porta. Eu levei um baita susto, e fiquei nervosa, e se ele tivesse escutado algo? E se...

-Vou ter que trabalhar jajá. Minha uma hora já está se passando...
-Ah, que pena. Não pode nem ficar mais um pouco? -Sua sinceridade era tão explícita que tornava o convite irrecusável.
-Eu queria muito, mas não posso. Tenho um projeto pra entregar amanhã. Desculpa. -Eu fiz uma cara de desapontada, e incrivelmente eu estava. Eu queria ficar. 
-Tudo bem. -Fez uma cara de saudade, daquelas que agente não consegue matar só de ver por 10 min. -Pode jantar comigo hoje? -Um sorriso iluminou seu rosto.

Chace olhou pra mim discretamente, droga, eu iria trabalhar até tarde. Eu havia esquecido disso! Mas, será que eu não poderia trabalhar até tarde amanhã? É, podia. Porque logo hoje que ele chegou, eu ia ficar trabalhando... tra... Vamos parar por aí. Com medo da reação de Chace, falei segura de mim.

-É uma boa idéia! Já que amanhã eu vou trabalhar até tarde... -Chace fechou suas mãos em punhos, depois as relaxou.
-Sorte minha então. -Ele sorriu alegre novamente. -Não quero te prejudicar. -Ele olhou sugestivamente para o relógio. 
-Oh meu deus! Tenho que ir, meu amor! -Dei-lhe um beijo rápido mas que fez borboletas no meu estômago. 

Chace sorriu para Zac, nada simpático. No elevador, mais um discursão para fechar meu dia. 

-Você não podia ter feito isso! -Chace estava indignado.
-Amanhã, vamos ao cinema. Deixa ele ser feliz, Chace. -Eu fiquei irritada com o fato de Chace me querer longe de Zac.
-Uhum, e amanhã, você va idizer a mesma coisa, e a semana vai se passar assim. -Ele fala ironicamente. 

O elevador abriu, e fomos para o carro dele em silêncio. O caminho também foi silencioso, ao som de: If Kills Me do Jason Mraz. Quando chegamos a Popula, eu ia saindo meio irritada por ele ser tão incompreensivo, quando ele segurou meu braço.

-Desculpe, eu não queria lhe tornar triste. -Aqueles olhos...ai meu Deus! 
-Eu entendo, é difícil pra você. Tenho que ir, lhe amo muito. -Lhe dei um beijo, e minha boca inflamou. 

Assim que saí do carro, podia sentir queimar minha aliança e minha boca. Era o péssimo sinal de que dois DNA's não podiam ficar juntos comigo. Imaginei como os anjos no teto pareceriam agora... 

--x--

Bom, desculpem o tamanho, mas estou sem tempo por motivo das aulas! Beijos :*

 

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