Capitulo 20.

04/01/2010 00:33

Eu fechei os olhos, alguns segundos se passaram, e eu voltei a falar, mais calma e decidida.

-Você vê o quanto eu preciso parar? Você entende, o quanto eu preciso me afastar de você agora? ENTENDE?! -Eu comecei a gritar sem entender o motivo.
-Precisar.. palavra complicada. Depende muito, você precisa se afastar de mim para um futuro muito longo. Mas, agora, você precisa de mim. -Ele era direto e acertava tudo o que dizia. Será que ele era mutante? Só sendo, pra me deixar sem questionamentos.
-Muito... distante? Um mês é muito distante? Um dia é muito distante? -Eu falei, desafiando-o, mas sem defesas futuras.
-Um dia? Você acabou de driblar o cara. Ele vai dormir 12 hrs por dia, e comer 4 vezes. Vai tomar umas depois do trabalho, e vai sair com os amigos. Ele está bem, aredite. Um mês, sim. É um tempo futuro. Você vai embora, vocês se casam, fim da história. Mas, eu preciso de você, AGORA. -Ele já estava em pé, apontando o dedo para o chão.
-Ok, você venceu. Vamos lá, me beije e me leve pra cama. Transe comigo e me mande um buquê de flores amanhã. Feliz? - Eu pus a mão na cintura, e o olhava com desafio e raiva nos olhos. Ironizei um pouco, admito. - Oh, não. Me acorde com beijos antes e não esqueça de me levar ao trabalho. Faça isso durante um mês, e me largue num aeroporto, enquanto eu vou dormir com outro em Londres e fazer um filho com ele. É isso que você quer? Então pronto, tem minha permição. Faça.

Ele me olhou pasmo. Eu tinha acabado com todo o discurso bonito e com todas as suas defesas. Contei a verdade porca em poucas linhas e parece-me que a ficha dele tinha caído. Ou não.

-Tudo bem. -Ele sorriu suave.

Ele se aproximou, segurou minha nuca com uma mão e me beijou. Eu fiquei pasma e abri os olhos sem relutar. Ele matinha os seus abertos, e assim que nossos olhares se cruzaram ele me soltou. Pôs a mão em minha sintura e me girou em direção a cama, meio sonza e pensativa em relação ao que ele estava fazendo, acabei me deixando levar e caímos na cama.

-Hm, acho que está na parte que transamos. -Ele riu.
-Espera aí, você ficou louco? -Oh sim, claro que ficou, precisava nem perguntar.
-Você falou: 'me beije, me leve pra cama e transe comigo' só estou obedecendo. -Ele falou se fazendo de idiota.
-Você entendeu o que eu quis dizer..
-Mas você, não. É exatamente isso que eu quero. Ter você por 30 dias. Na verdade, 25. -Ele sorriu.
-Você é louco. -Eu sorri, apaixonada.
-Uhum, já me disseram isso antes. -Ele sorriu mais largo e voltou a me beijar.

Feliz, feliz, feliz. Era tudo o que eu estava. Zac estava bem, Chace estava ótimo, eu estava feliz.Por incrível que pareça, eu não estava mais tão perturbada como antes. Eu não estaria machucando ninguém. Zac não ia saber nunca, e Chace não se importa de eu o deixar ao fim do mês. Eu podia ter os dois, sim podia.
Logo de manhã, acordei com o despertador jogando todo o meu sono acumulado pela janela. Abri meus olhos devagar, e o sol não batia, Chace devia ter fechado as cortinas. Demorei pra me mecher, porém assim que tive coragem me levantei rápido. Estranho, Chace ainda estava dormindo, bom.. acho que as cortinas se auto-fecharam. Tomei banho e troquei de roupa, graças a Deus, ainda eram 7:15 quando terminei tudo.

-Bom dia. -Chace falou se espreguiçando.
-Hm, bom dia dorminhoco. -Eu sorri.
-Hm, eu não preciso acordar ás 6. - Ele sorriu brincalhão. - Acho que vou dormir mais um pouco..
-Nem vem, eu não quero ficar invejando seu tempo máximo de sono.
-Aaah, aí não vale, meu amor. A intenção era essa, perdi o sono. -Ele fez cara de triste.
-Bobinho. Vê, eu já estou saindo. Provavelmente de 17:30 estou livre, deixe a chave na recepção. E, pelo amor de Deus, não brigue com a Samantha. -Eu sorri.
-Sim, senhora. De 12:35 eu lhe pego pra almoçar, não discuta.
-Ok, tudo bem, não estou discutindo. -Coloquei as mãos pro alto, como rendida. E prendi um sorriso.
-Bom mesmo. Hum. Eu te amo. -Continuou com a cara séria, e eu abri um sorriso.
-Nhá, eu tenho que ir. E.. eu vou pensar se eu te amo, ainda não sei. -Mandei um beijo no ar e desapareci pela porta do quarto.

Eu estava com uma blusa rosa neón, um sapato da mesma cor, altíssimo; uma saia preta até o joelho e uma bolsa num tom salmão claro. Fui andando, não queria o sofisticado carro com Robert dentro. NYC pela primeira vez estava sorrindo pra mim, estava me dizendo como eu era amada e cuidada. Cheguei no trabalho alegre, e assim que entrei em meu corredor Taylor me atualizou das novidades.

-Bom Dia, Vanessa. Jane está lhe esperando na sala dela, agora. Tem 2 reuniões com a Presidente da Prada e com Miranda Prinsilley da Runaway. Leve o que fez do projeto da Prada para as 3 reuniões e, nã ose esqueça, Jane odeia a todos.
-Tuuuuudo bem. Vo usó deixar minha bolsa na sala.
-Não, vá agora. -Ela falou sério e preocupada.

Fui para a sala de Jane, e ela me recebeu friamente, eu ja´estava acostumada Jason era pior.

-Boa Dia, Jane. -Disse sorridente, ela se espantou.
-Bom.. Dia. - Ela me olhou de cima a baixo. -Belo conjunto de roupa. Mas, vamos ao que interessa, sente-se.
-Obrigada. -Sorri lisonjeada e me sentei.
-Miranda Prinsilley vem aqui hoje, e você vai entrar em reunião comigo, pois ela está insegura em relação ao projeto da Prada, pois nunca viu seu trabalho. Junto com ela vem Juditt Nilsen, a presidente corporativa da Prada, que ficou com medo após Miranda lhe contar que você e´nova no mercado. Você vai ter que impressioná-las. Terminou o projeto, sim? -Ela é maluca?
-Não, desuclpe, mas não. Amanhã ele deve estar pronto, pois a senhora me mandou a pasta ontem. -Me desculpei trmendo.
-Quero pra hoje, sem falta. A reunião é ás 3 hrs, corra. É só isso. -Ela voltou a escrever alguns papeis e a ler outros.

Eu sai arrasada e pronta para ser demitida no meu segundo dia de trabalho. Era impossível fazer um dois dias um projeto enorme, em 3 diaseu ja´teriau ma coisa mais ou menso definida, mas em dois eu só teria o rascunho mais elaborado. Nenhum publicitário decente faz um projeto em 2 dias, impossível. Entrei na sala desesperada, e comecei a fazer o projeto todo e a deixar os detalhes pra depois. Estava ficando uma porcaria, eu sabia que podia fazer melhor, se tivesse mais tempo. Merda!

-Vanessa? -Taylor abriu ap orta um pouco.
-Oi oi oi! -Eu estava uma pilha.
-Visita.
-Anote o nome, diga que eu ligo depois, agora não dá.

Quase gritei quando, de repente, Chace estava largado no meu sofá. Taylor saiu rindo e eu me recompus.

-12:47, dois minutos atrasada. -Ele falou, fingindo se lamentar.
-Eu não posso ir almoçar, tenho que termianru m projeto de 5 dias em 2 horas! -Eu gritei apavorada.
-Isso e´completamente impossível! -Ele riu.
-Eu sei, mas a chefe mandou, eu tenho que fazer. Não há escolha. -Ele era burro ou se fazia?
-Tudo na vida tem escolhas. Ou amamos ou vivemso sozinhos; ou andamos ou ficamos parados; ou pegamos o metrô ou perdemos; ou nos escravisamos por trabalho ou vivemos. É simples. -Ele sorriu.

Eu o ohei perplexa, tudo fazia sentido. Mas eu ainda queria meu emprego, muito.

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Gostaram? Beijos :*

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