Meus olhos seguiram cada passo dele em direção a cama. Ele me olhou de cima a baixo. Foi só então que eu reparei que eu estava de joelhos abertos na cama, com as duas mãos na frente, uma cara de desesperada, olhando a aliança queimar na minha mão.
-O que você estava fazendo?
-Nada. Ainda bem que você chegou. - A aliança parecia querer derreter meu dedo. - Sua irmã não vai ficar com raiva?
-Claro que não, meu anjo. -A palavra ecoou na minha mente, chamei-o com a mão, com uma cara de criancinha.
Ele jogou a chave no pufe e veio para a cama, me abraçou e me deu um beijo no rosto. Eu sorri, satisfeita. Meu mundinho trágico estava completo.
-Eu amo você. -Ele sussurrou me fitando docemente.
-Eu também. -O beijei de leve.
Ele segurou meu rosto com as mãos, prolongando o beijo. Quando ele nos separou, sua expressão era de realização. Ele, não sei como, percebeu minha angústia, e falou confiante, como uma ordem.
-Esqueça ele, você me tem agora.
Quando ele falava era tão verdade, era tão sincero. Quem precisava de outro se eu tinha ele? O fogo da aliança que parecia tostar meu dedo, agora não incomodava, eu sentia a dor, mas agora podia ignorá-la muito fácil. Eu não estava mais responsável por minha atitudes. Eu não me entendia, mas não me arrependia. Confusa. Eu quase pulei nele, dei o melhor e mais ansioso beijo que já dei em toda a minha vida em um homem, o abracei forte, esquecendo-me do resto do mundo. Quando voltei a realidade -se é que pode-se chamar isso de realidade- eu estava apenas de sutiã e calcinha encaichada no colo dele, e ainda nos beijávamos. Ele estava sem camisa, com uma mão na base de minhas costas e outra na minha nuca. Eu sentia meu corpo ferver, a respiração ofegar mais e mais com o tempo e a aliança ainda conseguia queimar mais.
Nossas roupas sumiam aos poucos, e cada vez mais meu corpo queimava, ardia, suava. Esse fogo que agora tomava conta de mim, derreteu todo o medo, a insegurança, o pavor e a culpa que eu tinha. Estavamos sentados, entrelaçados na cama, como um encaiche perfeito, nós dois.
Acordei com leves beijos que iam do meu rosto até minha nuca, e logo depois três batidas na porta.
-Meu amor, são oito horas.
-Hm.. bom dia.. OITO?
-Uhum, eu acho que é seu acessor batendo na porta. -Ele fez cara de medo depois sorriu.
-ROBERT?
-Vanessa, 5 minutos! -Ele falou docemente da porta. Imagine só, eu sair do quarto com Chace, nãaao!
-Posso lhe levar? -Ele falou, veno meu desespero, enquanto eu escolhia na mente a combinação de roupas, cremese perfumes.
-É ele que vai me mostrar a Popula. Acho que tenho que ir com ele. -Que saco, seria muito melhor ir com Chace.
-Tudo bem, então é melhor você correr.
-Tem razão, amor. -Eu lhe dei um beijo rápido mas romântico.
Levantei sem medo de deixar o lençol cair atrás de mim. Chace entrou no chuveiro comigo. Do lado esquerdo de meu pescoço existia uma marca roxa.
-Você está ficando cada vez mais selvagem. - Brinquei, apontando para a marca.
-É que você é uma delícia, aí dá vontade de comer você todinha. -Riu ele, pegando meu braço e dando mordidas de leve, até me puchar completamente para perto dele.
-É bom que meu cabelo fique paradinho o tempo todo. -Brinquei, mordendo o ar de brincadeira.
Saímos do banho, e eu já estava passando minha série de cremes da Neutrogena e meu perfume da Pink Sugar. Pus uma calça jeans escura e uma blusa tomara que caia vermelho-sangue. Calcei um sapato preto, e fui buscar a maquiagem, quando voltei, Chace me especulava.
-Está perfeita, pro trabalho. Mas prefiro você sem roupa. - Ele sorriu malicioso. Joguie minha bolsa vermelha na cara dele, rindo sem graça. -Wow! -Ele gargalhou, com minha bolsa na mão.
-Posso jantar com você nesses trajes, ou prefere que eu vá sem roupa? -O desafiei e logo depois o encarei como uma ganhadora menosprezando quem havia perdido. Ele pensou.
-Se você for o jantar, será um prazer tirar tudo isso aí. -Idiota, tinha que ter uma saída.
-Vamos logo, que eu estou atrasada!
Ele saiu rindo, me abraçando por trás, sussurrando o quanto eu era teimosa e orgulhosa. Assim que abri a porta Robert tomou um susto ao me ver nos braços de outro homem.
-Seu namorado veio para cá?
-Sim. Me visitar. -Respondi de imediato, mas a voz saiu mentirosa.
-Tudo bem, vamos srta. Hudgens. -Ele fingiu acreditar, e sorriu, secando toda a área colorida de vermelho.
Deichei a chave na recepção e então saímos do Hotel. NYC sorria pra mim. Chace me deu um beijo no canto da boca, acenou piscando e entrou no carro da frente ao que Robert me abriu a porta. Entramos e o motorista acelerou.
-Não acredito que trai seu namorado com Chace Crawford. -Ele mencionou.
-Como sabe? -Peraê, ele.. ã?
-Sou amigo de Taylor, e.. Venhamos e convenhamos que Chace não vale nada.
-Por que diz isso? -Fiquei curiosa.
-Estuprou a própria irmã.
O QUÊ? COMO.. ELE NÃO SERIA CAPAZ! Agora eu estava mais confusa do que nunca, mais nervosa do que nunca, comecei a chorar de imediato.
--x--
Espero que tenham gostado.
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