Capítulo 11 - Segredos

23/06/2011 22:50

A levantou-se rapidamente da cadeira, nervosa. M se divertia com a situação, enquanto V sentia sua raiva transbordar. 

 -Vanessa, não é o que você está pensando...
-Como não é o que eu estou pensando? Essa maluca, na sua casa, e você com essa tranquilidade toda?! 
-Vanessa, eu...
-Eu é que já entendi tudo, você...
-Cala a boca! -A arregalou os olhos, impedindo V de falar o que não devia. -Ela sabe. 
-Sabe do que? -V falou. 
-De tudo, Vanessa. -V encarou a amiga. 
-De tudo o que ela não pode provar, eu sei que sim. -V ainda não entendera bem. 
-Eu tenho uma informação confirmada que pode acabar com toda a áurea que o Scott coloca em você. -M interrompeu, fazendo V cair em si. 
-O que você quer? -V perguntou, firme. 
-Quero que consiga provas de que o meu querido irmão está te pagando. 
-Isso é impossível. Outra coisa. 
-Ou é isso, ou S vai saber de tudo. 
-Ok, ok. Quanto tempo? 
-Vanessa?! -A disse, incrédula. 
-Quanto tempo? -V continuou. 
-Você tem uma semana, vadiazinha. -M pegou a bolsa, com um sorriso nos lábios. 
-Quero ter certeza que tem provas. -V disse, testando.
-Está tudo com a sua amiguinha. Tenha uma ótima tarde, queridinha.

Sem olhar para trás, M saiu com nojo da casa de A. As duas amigas olhavam-se enquanto se sentiam perdidas. Parece que a pobre V tem muito mais a esconder do que jamais aparentou. 

-Você vai acabar com o Zac?!
-E você quer que eu faça o que?! Acabe comigo?
-Conta logo pro S. Você conta tudo, se resolve, e pronto. Não é nada letal. 
-No momento é. Você não viu o estado dele. Quando souber, vai virar o meu pior inimigo. 
-E o Z tem que pagar?
-Não sei, não sei, não sei. Vou pra casa, ok? Tenho que pensar. 
-Ligue pra Z. 
-Não, pra quê?
-Ele vai ser o mais afetado, e além do mais, sempre tem as melhores saídas. 
-Não quero dever nenhum favor àquele energúmeno. 
-Você precisa dele. 
-Eu preciso ferrar ele, isso sim. 
-Fale com ele antes, ok? 
-Boa noite, A. 

Da mesma forma, V saiu. Atormentada, desolada, quebrada. Em busca de refúgio, só encontrou mais destruição. O rosto de S machucado, feliz e choroso não saía de sua memória. "Ele vai me odiar pro resto da vida" Era a única certeza que tinha.
Quando chegou em casa, percebeu suas coisas fora do lugar. Provavelmente M achou todas as provsa alí. Sentou-se no chão e chorou. A última coisa que queria, era que alguém soubesse da pior atitude que tomara na vida. 

Depois de uma divertida e tensa reunião, Z voltou a seu quarto e mais uma vez foi seguido pelos olhares de S. Puxou uma cadeira e sentou-se perto de sua cama. S, um pouco melhor, o encarou sem a mínima vontade de falar com ele. 

-Quero falar com você. -Z disse. 
-Fale. -S disse, sem dar importância. 
-Em particular. -Z olhou sugestivamente para J, que entendeu e saiu do quarto. 
-Agora pode falar? -Ironizou. 
-É sobre Vanessa. E não tem nada a ver com o nosso casamento, mas tem a ver com vocês dois. -Z estava sério. 
-Você não sabe de nada do que aconteceu entre mim e V, ok? 
-Não sei mesmo não. -S surpreendeu-se. -Mas nesse pouco tempo tendo que conviver com ela, posso te dizer com certeza, que conheço-a melhor do que você, agora. -S respirou fundo. Engolindo os insultos. -Por mais apaixonada que ela esteja por você, ela não quer nada. E não é por minha culpa, é por ela mesmo. Sou só uma desculpa pra ela não te magoar tanto. Só você não enxerga. 
-E por que ela iria não querer me magoar tanto? Qual é, se não fosse esse maldito acordo, ela estaria comigo. -S disse convicto. 
-Aí é que você se engana. -Z sorriu. -Ela não te ama. Na verdade, nunca te amou. Porque se ela te amasse, ela cancelaria o acordo pra ficar com você. 
-Ela é muito boa com as pessoas. Coloca o resto na frente dela mesma. 
-Essa é a Vanessa que você conheceu. Ou melhor, a que ela te mostrou. -Sorriu. -Quando fui pedí-la em casamento para os pais dela, ela disse na minha cara que não queria mais ir com isso, porcausa dos pais dela.
-Ã?! -S surpreendeu-se. 
-É. Ela ama os pais. Por isso, chegou ao ponto de quase desistir. Tive que fazer o maior drama pra ela voltar atrás. Mas, em nenhum momento ela ameaçou desistir de tudo por você. Sinceramente? Ela não desistiria nem de um real por você. -Z foi duro. 
-E por que tá me dizendo isso? -Os olhos de S enchiam-se cada vez mais de água. 
-Porque você é meu amigo, e eu te amo. Ela não, mas eu sim. -Z foi sincero. 
-E por que não desiste do acordo por mim? 
-Se ela te amasse, Scott, acredite, eu desistiria. Mas, não sou capaz de fazer isso com você. 

Um silêncio singular tomou conta do ambiente. Os dois se encararam, parecendo absorver todas as palavras ditas e não ditas. Aos poucos, as lágrimas presas nos olhos de S foram caindo uma a uma, cada vez mais rápido, cada vez em maior volume. E, esquecendo de toda a raiva que sentia, ou melhor, de todas as richas que os separavam nos últimos meses, os dois se abraçaram. S, machucado e frustrado como nunca antes, e Z tão triste quanto, tentando consolá-lo. Esse era apenas o início da re-construção dessa amizade, que, quem sabe, era indestrutível.  

Agora apenas de sutiã e saia, em função do calor, V dividia sua culpa com as paredes. Não queria fazer isso com Z, apesar de insuportável, ela sabia o que era ter os sentimentos magoados por um pai. Se sentia no dever de cumprir o acordo, como se assim fazendo, pudesse restaurar o relacionamento com seu pai. O que M pedira não era apenas uma questão entre ela e Z, agora, mais do que nunca, os sentimentos de V estavam envolvidos. Jamais ouviria aquelas palavras de seu pai, se não tivesse aceitado o acordo.

Na Chanel, M procurava seu vestido para o PCA gloriosa. Queria desmascarar Z em meio a festa, com todos os nomes mais requisitados do mundo presentes. Para isso, teria que estar com o vestido da noite. Provou três, seis, nove, doze vestidos sem reclamar do cansasso ou da falta de opções. Por educação, reservou um, caso não encontrasse O vestido em outra loja. 

-Ai, Zac, você não perde por esperar. -Sussurou para consigo mesma, sorrindo. 

Olhava as vitrines, provava algumas roupas dia-a-dia, alguns sapatos, óculos e jóias que, como ela dizia, graças a Deus e o diabo, ela podia comprar. Ela tinha tudo nas mãos: dinheiro, glamour, provas, e em breve, People. O nome fazia nascer borboletas em seu estômago. Passou no Coffe Bean and Tea Leaf e saboreou lentamente seu café predileto. "Não tem como eu perder, se ela não me trouxer o que eu preciso até o dia da festa, conto por Scott. Aí vai ser bem mais fácil conseguir tais provas depois que ele vir que nem cachorrinho pro meu lado" Pensava e ria-se por dentro, imaginando qual seria a cara do "irmão" ao ser desmascarado em público. 

-Vamos ver agora quem é que vai rastejar pelos 10%. -Sorriu maliciosamente. 

Na mansão, J esperava a conversa, que ele esperava que fosse de reconciliação, terminar olhando para o jardim atrás da casa. Quando de repente, seu celular tocou, e logo surgiu um sorriso em seu rosto: A. 

-Oi, A -Ele sorria. 
-Oi, J. Tudo bom? -Ela sorriu. 
-Tudo sim, e você? 
-Tô tranquila. Ainda tá no trabalho? 
-Na verdade, não. Tô na casa do Z. Por quê? 
-Ah, então esquece. -Disse desanimada. 
-O que você queria? 
-Sei lá, sair. 
-Tipo...?
-Tipo sair, J. -Ela sorriu. Aquele sorriso era reconfortante para J. -Tô precisando conversar com alguém sobre nada. -Sorriu outra vez. 
-Z tá conversando com S lá em cima, ja soube?
-Não, o que foi? 
-S tomou um porre, desmaiou, aí agente trouxe ele pra cá. Aí tô meio de babá dele -J sorriu, pedindo para que S já estivesse recuperado. 
-Nossa! Ninguém me conta as coisas. Mas, ele tá bem? 
-Acho que sim, acordou a pouco. 
-Hm. Então deixa. Ele tá precisando mais, não levei nenhum porre. -Sorriu de novo. J a acompanhou.
-É... Eu vou ver como ele tá, e dependendo eu te ligo. Ok? -J não queria perder esse momento. 
-Ok, me liga mesmo. -Disse envergonhada. 
-Prometo. -A sorriu, sem graça. -Beijos, tchau. 
-Tchau, J. -Fez o barulho de um beijo. 

Assim que desligou o celular, J foi subindo as escadas e encontrou-se com Z no meio do caminho. Pela pessa e pela cara de desespero, J imaginou que a conversa tinha sido muito tensa. 

-Brigaram? 
-Não, nos resolvemos. -Z celebrou.
-Então porque essa cara?
-V ligou.
-E?
-Tava meio em pânico, chorosa. Pediu para eu ir vê-la, mas não conte pro S.
-Ai, Z... Já vão começar a esconder coisas?
-Não quero que ele pense besteira! E... vai que é sobre ele? Não quero criar esperanças também. Não conte nada pra ele, ok? Vou ver o que é, e se não for nada drástico, eu mesmo conto. 

J apenas assentiu. Enquanto caminhava para a porta, Z lembrou-se da ligação, um pouco perturbado com as palavras de V, e com o possível significado delas. 

-Alô? -Z atendeu, S olhava-o fixamente. 
-Preciso de você. -V disse, chorando, com a voz trêmula. 
-Está em casa? -Sem saber o porquê, sentiu-se no dever de ajudá-la. 
-Estou. -A voz manhosa de V, mostrava os rastros da gravidade do problema. 
-Estou indo praí, aguarde. -Z desligou. 

Soltou o celular dalí mesmo, sem vontade de colocá-lo devagar no chão. Pobre V, só percebera agora que o passado não aceita omissões. Z, preocupado, tentou esconder esse sentimento, com medo do que S poderia pensar. 

-O que ela queria? 
-Dicas sobre como se comportar. O PCA é essa semana. -Sorriu o melhor que pôde. 
-Você vai lá? -S disse, esperando um não. 
-Tenho que ir. J vai ficar aqui, por favor, não invente de fugir desse jeito. 
-Não vou, vou aproveitar a mordomia. -S brincou. 
-Aproveite -Z bateu no ombro dele, sorrindo.

Enquanto dirigia o carro, imaginou por que V estaria tão perturbada. Será que amava S? Será que iria desistir? Tudo isso o incomodava e o fazia temer entrar naquela ruazinha aparentemente tão tranquila.
Quando bateu na porta, sentiu seu coração acelerar. Por que V precisaria dele? 

-Tá aberta. -Ouviu a voz longe de V. 

Devagar, abriu a porta. Viu V, de costas, colocando a blusa que estava usando na sua casa mais cedo. Ainda com a porta aberta, ficou parado, esperando alguma pronunciação. 

-Senta que é sério. -V disse virando-se com a pálpebra inferior negra. 
-Estou realmente preocupado, o que houve? -Disse, sentando-se no sofá. 
-M foi na casa da A, hoje. 
-Como? 
-O que vou lhe dizer agora, não pode sair dagente. Não é pra contar pro J, e principalmente, não conte pro S. 
-Tudo bem. -Z sentiu-se péssimo por ter que esconder mais uma coisa de S. 
-Não me julgue, não me humilhe, apenas me ajude. -V foi sincera e clara. 

--x--

Hmmmmm, quero só ver a V tá escondendo. Eu sei, mas não conto rs. E vocês, o que acham que é? Comeeeeeeeentem (: 

ENQUETE

Será que A também é do time de M?

Não, claro que não! (14 votos num total de 19) 

AVISO

 Decidi o lugar onde o Smark vai ficar, se Deus quiser, a partir de Agosto: o Tumblr. Isso aí. Eu sei que muita gente vai chiar, mas o problema é que o webnode, apesar de ser bom, está limitando cada vez mais rápido. No Tumblr eu tenho mais espaço e tal. Sobre o theme, eu arrumei um e editei, só falta colocar os conteúdos daqui, lá! Ficou super fofo e meigo, rs. O ruim é que não tem a estrutura do Webnode, o que é realmente uma peninha ): Mas, ok. Tá lindo, organizado e tenho certeza que vocês vão gostar! *-* Coloquei um suporte para comentarios, então nem inventem de parar de comentar, viu? rs Well, é basicamente isso. Deixem suas dúvidas, sugestões e críticas por comentário. Bj

A música do player é "de" V

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Um beijo, até o próximo tweet. s2 

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