Capitulo 5 - Largado

04/05/2011 13:40

Assim que o portão automático abriu, V ficou espantada. Nunca estivera em um lugar tão grande, tão incrível e tão chique. "Como alguém poderia morar aí? Parece mais um museu" Pensou ela. Quando veio com A deixar Z, da última vez, não tinha reparado na mostruosidade da casa. Olhou para o seu vestido, e se sentiu deslocada. Ela tinha pego o melhor do melhor que tinha, e mesmo assim ainda não se sentia boa o suficiente. Enquanto Zac usava uma pólo e uma bermuda Clavin Klein, combinados com um tênis da Adidas. "Qual é o ser que fica de tênis em casa?" Ela perguntou-se sinceramente.

-Olhe, atue muito bem. Minha mãe está desconfiando que você não é realmente minha namorada
-Relaxe, Z. Quando eu sair, ela vai pensar que fomos feitos um pro outro. 
-Assim espero, ela me perguntou diretamente quanto eu estava te pagando. 
-Se eu fosse sua mãe faria a mesma coisa, ué. Se acalma que assim quem estraga tudo é você. 

Os dois saíram do carro, e Zac pegou na mão dela assim que ficaram do lado um do outro. Era muito estranho fazer aquilo. Ele nem sabia o sobrenome dela, e teria que fingir uma intimidade que ele mal teve com A, quanto mais com uma estranha. Respirou fundo e por incrível que pareça, sentiu-se melhor quando a viu sorrir, mesmo que falsamente. Sentiu-se menos hipócrita, menos mau. Mas, a grande surpresa foi encontrar M, sentada confortavelmente no sofá de sua casa, com um sorriso maléfico nos lábios. 

-Miley? -Z hesitou, mas V continuou naturalmente bem. 
-Queria conhecer pessoalmente minha futura concunhada! -M levantou e sorriu para V falsamente. 
-Não me lembro de ter lhe convidado -Z tinha medo que M descobrisse tudo. 
-Não tem problema, amor. Pelo menos já conheço sua família toda hoje -V sorriu e pôs um braço em volta do pescoço de Z, que automaticamente colocou seu braço oposto na cintura dela. 
-Concordo com sua noiva. -M disse sorrindo, um pouco mais na defensiva. -Vocês formam um casal lindo! 

V apenas sorriu, parecendo elogiada. Starla estava chocada, realmente não tinha acreditado na história mal contada do filho, mas o relacionamento parecia realmente real. Os dois sentaram-se no sofá, Z ainda tenso pela presença de M, V totalmente tranquila, adorando derrubar M em cada argumento que fazia. 

-Então, como se conheceram? -M foi bem direta. 
-Graças a A, na verdade! -Z começou, parecendo alegre. -Lembram das minhas férias na Itália? 
-Sim, as do ano passado? -Starla tentou lembrar-se. 
-Isso, mãe! Pois é. Vanessa estava por lá e quando A foi visitá-la, nos apresentou. -Ele sorriu pra V que retribuiu. Parecia o filme perfeito. 
-A, sempre um bênção na sua vida, nem sei como agradecer àquela menina! -Starla parecia já ter caído no teatro do suposto casal. 
-Aham, por isso, com certeza vai ser madrinha do nosso casamento, não é, amor? -A palavra soava estranha pros dois lados.
-Claro! Além do mais, ela me mata se não for, né? Nos conhecemos desde que eu tinha 7 anos!
-Sério?! -Starla pareceu interessada. 
-Uhum, ela estudava comigo. E nos falamos sempre
-Então, deve saber que Z e A já namoraram, não é? -M jogou. Z ficou com medo, pois não tinham conversado sobre isso, e ele não sabia se A tinha contado à V.
-Claro! Na época dei o maior apoio, e quando eles acabaram fiquei revoltada. Na Itália, jamais acreditei que iria me apaixonar por Zac. Logo ele, que eu torci tanto pra ficar com A! -Starla, V e Z riram, M acompanhou sem graça. 
-Mas me fale de você querida! Nem acredito que Zac demorou tanto pra me apresentar a você! -Starla estava ansiosa para conhecer a nora.
-Queríamos mais privacidade, algo longe dos holofotes -V gestivulou com as mãos e por um segundo, Z quase acreditou nas mentiras que ela contava. Ela interpretava muito bem 
-Imagino. É muito difícil manter um relacionamento com esse bando de urubús correndo atrás. Mas, me diga, o que você faz? 
-Sou jornalista. -Ela sorriu com orgulho.
-Que ironia, não? -M falou. 
-Não, não trabalho com celebridades. -V cortou. -Deixo esse trabalho pra Scott! -V não sabia que eles tinham brigado. 
-É, Scott é um problema. Mas, ainda bem que você faz um trabalho sério. Onde está trabalhando? -Essa era a pergunta que Starla não podia fazer na frente de M. 
-Na People. Na verdade, como cheguei a pouco tempo da Itália, nem comecei a trabalhar ainda. Z me deu uma folga pra eu arrumar o apartamento -Os dois sorriram um pro outro 
-E você veio por quê? -M queria entender, queria achar um furo na história. 
-Ah... -V fingiu estar envergonhada e pensou em uma desculpa. Mas, claro! Quem não gosta de romance? -Vim porque não aguentava mais de saudades dele. -Admitiu e Z piscou pra ela, em agradecimento. 
-Awn, que romântico! -Starla se derreteu ao perceber que seu filho havia encontrado a pessoa certa. 
-Mas assim, do nada? Largar tudo por um futuro incerto? -M tinha que achar algo. 
-Ele diz que foi loucura. Mas, eu não acho. Quando agente ama alguém de verdade, sabe Miley, agente faz tudo pra ficar perto daquela pessoa. Não importa o quanto isso custe. 

M ficou calada e Starla ficou feliz pelo fora que V deu na enteada. A cada segundo, ela encantava mais a pobre viúva, que parecia ter seus sonhos realizados. Após o jantar, ainda na mesa, Starla inagou Zac sobre o noivado e sobre o casamento.

-Filho, quando você acha melhor fazer o noivado? 
-Não sei, mas pretendo fazer uma festa solene. Já que infelizmente, meu casamento faz parte de negócios -Olhou para M propositalmente. 
-Sim, fiquei sabendo. Vanessa concorda? 
-Uhum, não faço questão de festa, mas é importante pra ele, então...
-Estava pensando apenas em anunciar, mãe. -Z pensou no impacto que isso traria e gostou da ideia. 
-Como assim? -Até V estranhou. 
-Vai ter a pré-festa do People Choise Awards, daqui a duas semanas. Lá eu anuncio publicamente e não precisamos ficar nos preocupando com noivado e blablabla. Agente planeja melhor o casamento -Olhou amorosamente para V, que retribuiu desconfortavelmente, mas não perceptivelmente. 
-Aaaah! Não faça isso, Zac! -M falou, fingindo preocupação. -Pelo o que percebi, a família de Vanessa é bem tradicional. Vai querer uma festa de noivado, e eu acho que você, já que está tão apaixonado, deveria fazer isso. -A ironia corria solta. 

V não podia negar senão M ia perceber tudo. Z a olhou esperando por uma saída, mas nada aconteceu. Fingindo pensar sobre o assunto, ele achou melhor fazer mesmo. Seria uma boa oportunidade pro concelho olhar para o casamento como uma coisa séria e sólida, já que a família de V estaria envolvida também. 

-Você tem razão, Miley. -Isso pegou M de suspresa.
-Pode ser logo depois de você pedir a mão de Vanessa em casamento ao pai dela. Já fez isso? -V quase cuspiu a água que estava bebendo. 
-Não, mas... vou fazer. -V segurou a raiva dentro de si pois sabia que era a única saída. -Como decidimos tudo em cima da hora, não fiz isso ainda
-Você sabe, é um gesto importante. -M sorriu e tomou um gole de água. 
-Também acho, Miley. Apesar de, normalmente, ser quase um ultimato para os homens! Zac está com essa cara aí, mas deve etar super nervoso por dentro, Vanessa! -"Principalmente quando você não ama a mulher com quem você vai se casar e tem que dizer pro pai dela que ama." Zac pensou enquanto ria com o restante do pessoal.

O tempo fechou. Aos poucos a chuva foi engrossando, mas a conversa animada na sala privada, deixava a família sem saber da situação. Starla estava com Z nesta sala, falando sobre como havia amado V, e que queria que ele fosse muito feliz ao lado dela. Enquanto isso, V e M tiravam os pratos da mesa, como duas mulheres prendadas.

-Ok, vamos parar com esse teatrinho. -M parou e olhou para V fixamente que fingiu não entender nada. 
-Teatrinho? 
-Sim. Eu sei que vocês não se conhecem e que isso tudo é uma farsa. Sei que Zac te pagou pra você fingir ser a nora perfeita e agradar a mamãezinha. Mas, eu quero que você saiba: te pago o dobro. -V engoliu seco. -Não quero saber quanto ele te deu, eu te pago o dobro. Basta você ligar pra ele amanhã e dizer que está com peninha de Starla e que não quer continuar com isso. Uma ligação. E, se tiver algum contrato envolvido eu dou um jeito de cancelar, não se preocupe. -M sorriu. -Não vai recusar essa proposta não é? 

V sentiu-se sinceramente tentada, apesar de estar com uma expressão de incrédula. Ela realmente não queria continuar com isso depois que conheceu Starla. Mas o fato de Z perder todo o patrimônio de seu pai gritou mais alto, e a partir daquele momento, ela não fazia isso pelo dinheiro, mas por ele.

-Você acha que ele me pagou? -Ela riu, zombando. -Eu não estou ganhando um centavo. Nos apaixonamos e ele precisa de mim. Não negaria nem minha vida a ele, Miley. Sei que quer muito a People, mas terá que conseguir de outra forma, porque eu amo o Zac. 
-Acho que você não entendeu minha proposta. 
-Isso não é um negócio, me desculpe. -Ela se virou e foi para a cozinha. 

M estava com raiva. Muita raiva. Seria capaz de quebrar aquela casa inteira e partir Z e V em pedacinhos. Recompos sua expressão e continuou agindo normalmente na noite, mas sempre pensando em como acabar com tudo. A primeira opção, não era. Eles realmente tinham um relacionamento. Mas a segunda era mais fácil que roubar doce de criança. "Afinal, V: Nada é pra sempre" Pensou M, enquanto falava dos 10% das ações com Z. 

-Nossa! Está chovendo muito! -Starla disse para mudar de assunto. 
-Você tem razão, mãe! Vou levar V pra casa. -O "casal" olhou para a janela e o que viram os preocupou.
-Não! De jeito nenhum que você vai sair nessa chuva. Vanessa dorme aqui. -V engoliu seco antes de dar um sorriso. 
-A Tracy já está dormindo, mãe. Só ela sabe arrumar o quarto de hóspedes 
-Quem falou em quarto de hóspedes? -Os dois ficaram em uma postura rígida. Para o mundo, era o constrangimento. Para eles, era o desconforto. 
-Mãe... 
-Por favor, sem frescuras. Parece até que eu não sei que já dormiram juntos! -V fingiu estar envergonhada e segurou mais forte a mão de Z. Ele entendeu o recado do jeito que era pra ser entendido, mas não tinha nada a ser feito. 
-Você não deixava a A dormir comigo no mesmo quarto. -Foi o melhor que ele pode fazer. 
-Vanessa é diferente, ela é sua noiva. Não é uma das mil e uma namoradas que você teve. Por favor querida, eu insisto, está chovendo muito. -V se sentiu péssima em recusar. 
-Tudo bem, eu fico essa noite. -Era a vez de Z se sentir estranho. 
-E, M dorme lá também. -Z e V paralisaram outra vez. 
-Ela pode ficar no seu quarto, mãe -Z falou com o tom de um homem apaixonado
-Aí você está querendo abusar, meu filho. -Z entendeu, e ficou completamente decepcionado. O que de alguma forma, ajudou. 

Starla ajudou a arrumar a cama de M e depois saiu, deixando os três a sós. M examinava cada gesto, então, eles tinham que dar o máximo de si mesmos. Com diálogos baixos, mas legíveis, Z e V trocavam alguns pedidos e palavras carinhosas. Z pegou a blusa de um moletom seu e deu para V, e M, ainda não satisfeita instigou quando V se dirigu ao banheiro. 

-Qual é, Vanessa. Estamos só entre mulheres,  e o Zac não conta, né? -V sentiu a pergunta. Como se M tivesse a testando sobre o que ela disse mais cedo. Trocou olhares rápidos e discretos com Z, que entendeu e fingiu estar arrumando a cama, ficando de costas para ela. Estavam se entendendo muito bem e isso ajudava.
-É -Ela sorriu e desabotoou o vestido rapidamente, impedindo que M pedisse para Z ajudá-la ou coisa do tipo. 

Dizem que todo homem é igual, e a frase se comprovou quando Z deu aquela espiadinha básica. Havia entendido o olhar de V, mas desobedeceu. "Nossa, seria interessante se eu pudesse cumprir alguns deveres conjugais com ela" Pensou enquanto espiava por dois segundos V apenas de calcinha, cobrindo o corpo rapidamente com sua blusa. M ficou com mais raiva porque V não relutou. No fundo, algo a dizia que aquilo era uma farsa. Mas era uma farsa muito perfeita. 

-Boa noite, M -Z falou educadamente enquanto deitava em um lado da cama
-Boa noite -V deitou do outro lado, bem afastada dele
-Boa noite, pombinhos -M fechou os olhos, mas ficou atentamente escutando. 

Sem encostar um no outro, os dois olhavam pro teto branco totalmente constrangidos. V, arrependida de ter ido de vestido. Z, achando a proximidade perigosa. No mesmo momento, se entreolharam e Z olhou para a varanda pois sabia que M poderia ouví-los ali. Os dois levantaram e foram de mãos dadas para a varanda que era completamente afastada da cama de M, e também dava uma visão perfeita para a mesma. Sentaram distantes e mal sabiam como começar a falar. 

-Primeiro, não gostei quando você olhou pra minha bunda. Esqueceu-se do limite -Z não sabia que ela tinha reparado, mas ficou feliz por ela só ter notado essa olhada.
-Desculpe, mas foi quase impossível não olhar. -Ele fez cara de criança órfã. 
-Eu supero. Segundo, M me ofereceu o dobro do que você tá me pagando. -Ele a olhou espantado, com medo do que vinha depois dessa frase. -Mas por consideração a você, não aceitei. Ela ainda pensa que somos Kate e William¹.
-Obrigado, V. Obrigado mesmo. -Ele agradeceu do fundo do coração. 
-Ela é muito complicada. Pensei que era mais bestinha
-Não se preocupe, vou evitar encontros íntimos como esse outra vez quando ela estiver presente. Maldita chuva. -Ele olhou o relâmpago pelo plástico protetor e viu V dar um pulo com o trovão. -Tem medo? -Riu. 
-Tenho, muito. -Ela olhou apavorada. -Amanhã agente conversa, agente tá tão perto... -Outro trovão e ela quase gritou.
-Você vai tomar café aqui em casa, minha mãe não vai deixar você sair assim. Agente tem que conversar, V -Outro trovão 
-Eu realmente estou com muito medo. -Ela falou sério enquanto seu rosto era iluminado por outro relâmpago. 
-Vem pra esse lado de cá, que tá mais longe. Eu vou praí. -Os dois trocaram de lugar e quando V sentou, mais um som de trovão. 
-Ok, fale rápido. -V falou, um pouco mais calma. 
-Amanhã Jullian, meu advogado vem aqui. Não contei as novidades pra ele, então trate-o exatamente como vai tratar o conselho porque ele tem que te aprovar também. 
-Certo, pode deixar. -V olhava loucamente para o céu.
-E, sobre os seus pais...
-Não tem problema, meu pai não liga pra mim, sabe. -Z percebeu a tristeza nas palavras. -Ligo pra minha mãe mais cedo, e amanhã jantamos lá. 
-Tudo bem. 
-E, a casa é muito simples. Não tenho uma mansão igual a da Jolie². -Z riu do constrangimento dela. 
-Não me importo com isso. Não sou do tipo bossal, se é o que você pensa 
-Não penso nada, estou apenas avisando, pra não levar um susto. -Z riu outra vez. 
-Por que está rindo tanto? -V irritou-se. 
-Parece piada. Quem não conhece gente de classe alta pensa que somos todos assim, metidos a besta. Particularmente, quando me casar de verdade, irei morar em uma casa menor e mais simples
-Eu não perguntei. -V foi dura. 

Z levantou e a deixou sozinha na varanda. Ela só se levantou quando viu ele deitar na cama. M percebeu a movimentação e não gostou pelo fato de ela ser normal. 

-Boa noite, love. -V pronunciou baixo, mas alto para que M pudesse escutar, se estivesse ouvindo. 
-Boa noite, sweetheart. -Z seguiu o exemplo, apesar da raiva que estava de V. 

M esperou o estalo do beijo e não o escutou. Seu senso de alerta só aumentou. O "casal" virou para lados opostos, ainda acordados, mas quase pegando no sono. V estava de olhos fechados quando percebeu a movimentação na cama de M. Abriu de leve os olhos e viu que ela se aproximava. Como se já estivesse pegado no sono, virou-se para o lado de Z e o abraçou. Sabendo que V jamais faria isso, ele retribuiu e quando M chegou mais perto, viu a doce cena de filme: os dois abraçados, quase que encaixados perfeitamente. 
Apesar de manter a respiração mansa, o coração de V estava a mil por hora. Ela estava apenas com uma blusa e calcinha abraçando um homem que mal conhecia e que já de cara, odiava. Estava com a perna esquerda por cima de Z e deitada em seu ombro, enquanto sua mão esquerda repousava sobre o peitoral dele. Além disso, ele a abraçava. Um estranho estava com uma mão rodeando seu ombro e outra na sua cintura. De tão próximos, ela podia ouvir a respiração subtamente calma dele, e o coração acelerado, assim com o seu, pela presença ofensiva de M. Aquele acordo estava lhe custando mais caro do que imaginava. 
Jamais Z imaginaria que um dia gostaria de não ter uma mulher bonita e gostosa em seus braços. Aquela sensação estava o sufocando, não sabia até quando ia ter que ficar sentindo a pele dela encostar na sua, como se tudo fosse natural. Como não era de aço, no fundo gostava daquela situação, mas ele a odiava. Depois do jeito frio com que ela o tratou na varanda, viu que seu casamento seria um inferno. O problema não era ter uma mulher semi-nua lhe abraçando, o problema era ela se chamar Vanessa. Ele contava os segundos para que M saísse dalí e fosse dormir com a certeza de que eles se amavam e ponto final. Estava cansando dos joguinhos da meia irmã logo no primeiro dia. 

-Que as palavras tenham poder, vocês não vão ficar juntos. -M declarou.

"Elas já tem" Os dois pensaram simultaneamente. Assim que perceberam o ruído da cama, se soltaram lentamente. Esperaram cinco segundos por algum movimento e se entreolharam. 

-Foi por pouco. -Z falou muito baixo. 

V apenas concordou com a cabeça e virou-se, jogando mais uma onda de raiva em Z. Adormeceram logo, mas apesar de estarem sempre alerta, não demorou muito para esquecerem que M estava alí. Como se compartilhassem pensamentos, os dois tiveram pesadelo. Sonharam com o dia do casamento e isso fez com que V acordasse algumas vezes e olhasse para o estúpido homem que estava do seu lado. Aquela situação em que ela mesma havia se colocado estava a irritando muito. 
O dia logo clareou, e com ele veio mais um desafio. Z acordou com o celular de V tocando. O nome "Mom" o deixou com dever de acordá-la e provavelmente levar um fora. Ele se certificou de que M não estava no quarto para tratá-la normalmente.

-Vanessa, Vanessa, Vanessa! -Ela se mexeu, parecia irritada. 
-O que? -Virou com a mão na testa. 
-Sua mãe. -Ele mostrou o celular para ela. 

Com um pulo ela tomou o celular da mão dele e se afastou da cama. Morrendo de curiosidade, ele fingiu desculpas para ouvir parte dos diálogos, mas não ganhou muito para chantageá-la eternamente. Foi uma conversa normal de quando uma menina de 15 anos é pega na cama com o namorado de 20. Ok, não foi assim, mas tão trágico quanto. 

-Oi, mãe.
-Querida, onde você está?! 
-Hmm, por quê?
-Liguei pro seu apartamento trilhões de vezes, Ashley não sabia, onde você está?!
-Estou na casa do meu namorado. 
-Ã? -Sua mão levou um susto. 
-Na verdade, do meu noivo. -Mentiu descaradamente, sentindo a culpa inundar seu ser. 
-Namorado?! Noivo?! Você vai casar?! 
-É mãe, vou. Eu ia te contar hoje, passo aí mais tarde ok? 
-Quem é esse menino, eu conheço? 
-Eu passo aí mais tarde e te explico tudo. Mas não pense besteira, só dormi aqui por conta da chuva. 
-Posso confiar em você mesmo? 
-Pode, nada aconteceu. A tarde passo aí e lhe conto tudo, e... hoje, podemos jantar aí?
-Jantar? Isso quer dizer...
-Isso mesmo. -Falou sem jeito. 
-Venha mesmo, precisamos conversar. -Gina estava totalmente perdida no tempo. 
-Irei, beijo mãe. 
-Beijo, querida. 

V respirou fundo depois que desligou o celular. Não queria que sua mãe descobrisse dessa forma, mas não ia mentir duplamente dizendo que estava na casa de sei lá quem. Olhou para Z, que ria da situação dela. 

-Que foi? -Ela falou grossa. 
-Sua cara, precisava ter visto -Z controlava o riso
-Não é fácil falar que dormi na casa de um falso noivo quando minha mãe pensa que sou virgem. -V deu um falso sorriso
-Você é? -Ele estava realmente espantado. 
-Claro que não, seu idiota. Minha mãe acha
-Como sua mãe pensa que você é virgem? Você tem, sei lá, 25 anos?!
-Isso aí, olha que evolução, você sabe minha idade! -Fingiu uma falsa alegria. 
-Ridícula. 
-Metido. 

V trocou de roupa no banheiro dessa vez. "Enfim, privacidade" Ela pensou. Arrumou o vestido e escovou os dentes com uma escova que Starla lhe emprestara na última noite. Tentou arruamar o cabelo o máximo que pode com as mãos e ficou pensando em como seria a conversa com seus pais. Pela hora, provavelmente sua mãe já tinha contado pro seu pai, e a bagaceira já estava feita. Estava mentindo para sua família, o que lhe traria uma guerra eterna no futuro. Mas, agora não importava. Ela tinha que se preocupar com a falsa vida que teria que viver na frente de Starla. 

-Amor, Jullian está lá embaixo. -Ouviu Z falar próximo a porta do banheiro e percebeu que provavelmente M estava ali. 

Ela abriu a porta e encontrou A, o que foi uma surpresa. Quando viu o sorriso egoísta de S, percebeu o motivo da palavra "amor" ter sido utilizada. 

-Eu já sei, Zac. 
-Sabe do que? 
-Do esquema de vocês. -Z olhou irado para V. 
-Se você não parar de falar calúnias sobre nós, eu vou lhe processar, Scott. -V foi dura e S riu, desligando o gravador escondido. Foi uma surpresa para A e Z. 
-Estava só brincando, boneca. Você sabe que não ia acabar com tua vida assim 
-Eu sei, mas não confio em você. -V foi bem clara. 
-Como sabia? -Z perguntou. 
-Eu conheço a cara dele e os gestos. Foi muito útil no Brasil 
-Você não sabe com quem tá casando, Z. Essa aí não presta... Ou presta. -O olhar malicioso fez V relembrar os tempos em que ainda estavam juntos. 
-Lembro de ter lhe pedido um favor, S. 
-Eu cumpri, só não consigo apagar da minha mente. -Declarou, animado. 
-O que? -A perguntou. 
-Depois eu te falo, isso não diz respeito ao meu noivo. -Sorriu falsamente para Z. 
-Estou cansando de você. -Z falou. 
-Eu também, querido. -Repetiu o sorriso. 

Z entrou no banheiro e os três ficaram conversando, mudando o assunto passado. 

-Por que não disse pra minha mãe onde eu estava? 
-Achei que queria contar pra ela você mesma o que aconteceu. E, não achei que iria dormir na casa de Z na primeira noite -A brincou. 
-Sem brincadeiras, foi horrível. Não pude dizer não a mãe dele, e estava chovendo muito mesmo. 
-Pelo menos Starla acreditou. 
-É, mas o pior foi que eu tive que dormir na mesma casa que ele, meu amor. 
-Por que?! Tem outra cama alí! 
-Advinha quem dormiu com agente aqui? 
-Quem? 
-Miley. 
-MEU DEUS!
-Pois é. Ela me ofereceu muito dinheiro ontem. Mas neguei, então ela está nos testando a cada segundo. 
-Ainda bem que ela foi embora, porque nem a vi quando cheguei. -A tranquilizou V. 
-Graças a Deus, que mulherzinha baixa e chata, af. 
-Ela é o demônio em pessoa, acredite. -V fez o sinal da cruz. 
-Deus me livre. Fiz Z me prometer que ficaríamos bem longe dela. E depois do que ela fez ontem, não quero vê-la nunca mais!
-O que ela fez? 
-Depois falo. 
-Vamos ter muitos assuntos pra falar depois, né?! 
-Sim. -V sorriu verdadeiramente. Z estava saindo do banheiro enxugando o cabelo e entendeu porque Scott ficara com ela. Como V estava de costas, não viu que Z estava presente. -Mas, estou com medo. Hoje, Z vai lá em casa pedir "minha mão em casamento". Estou com medo do que meu pai vai dizer. -Ela gesticulava as aspas. 
-Quem sabe, ele te perdoa por tudo. 
-Só porque vou me "casar"?
-Claro, ele vai pensar que vai te perder. Dessa vez, pra sempre. 
-Espero que não me perdoe, porque quando eu me separar ele vai ficar arrasado.
-Claro que não, é só colocar um draminha no mesmo. Um mês antes você começa a ir muito na sua casa, chora dizendo que o casamento não tá dando certo, aí eles vão aceitar melhor
-Tem razão. A, você é uma gênia! -Sorriu de verdade outra vez. -Mas mesmo assim, tenho medo. Z não sabe nada sobre mim, muito menos sobre o meu passado.
-Você devia contar a ele, pelo menos algumas coisas. Aproveita agora -A olhou sugestivamente para Z, que estava atrás de V, que se virou irritada.
-Estava ouvindo minha conversa?
-Você está na minha casa, no meu quarto, na minha cama. -Z disse. 
-Você é insuportável. A, você tem uma paciência dos deuses! Devia ganhar o Prêmio Nobel da Paz! -V levantou irritada.
-Eu sei disso, mas pega leve, V. -A falou. 
-Eu estava brincando, rainha do gelo. Pode me contar os seus problemas, acho melhor sermos amigos, do que ficarmos brigando o tempo todo. 
-O meu passo não lhe diz respeito. E da mesma forma que não contaria a minha vida pro meu chefe, não vou contar a você. -Os dois se encaravam no meio do quarto. 
-Mas e se o seu chefe fosse o seu marido?
-Meu falso marido, você quer dizer, não é? 
-Que seja, preciso saber da sua vida. E você, da minha. 
-Sou brigada com meus pais desde os meus 15 anos, quando saí de casa. Meu pai nunca superou, é o mínimo que precisa saber. -Z ficou calado. -Sua vez. -Ela desafiou.
-Passei 12 anos brigado com meu pai porque ele largou minha mãe e ainda me sinto culpado pela morte dele. -V ficou calada dessa vez. -Sua vez. 
-Morei na Itália, em Milão, em Londres, no Brasil, na Argentina e em Paris. 
-Em ordem? 
-Isso aí. 
-Conheço todas as mulheres de Los Angeles. 
-Isso eu já sabia, Z. -Ele entendeu que ela conhecia o passado obscuro dele e de A. 
-Ok. Vamos falar do que gostamos. -A e S assistiam rindo, de camarote. -Você primeiro. 
-Não, comece. Afinal, você falou uma coisa que eu já sabia. 
-Certo. Meu filme preferido é Remember Me, gosto de brunchs, pubs, carros, praias e lugares calmos. 
-Meus filmes preferidos são The Notebook e P.s: I love you. Gosto de pubs, shopping, lugares frios e sou fanática por café com leite e chantilly. 
-Ótimo, precisamos de mais conversas como esta. -Z sugeriu.
-Vou fazer uma lista pra você. 
-Não quer conversar comigo? 
-E se não quisesse? 

V estava com a mão na cintura, com olhar desafiador. Z, com os braços cruzados e olhar superior. Duas batidas na porta foram o suficiente para que toda essa raiva corresse para um lugar longe da realidade. Sorrisos apareceram nos rostos dos dois de uma forma mágica. S não conteve o riso e levou uma cotovelada de A. 

-Querido, Jullian está aí. -Starla sorriu alegre para V. -Bom dia, querida. 
-Bom dia, Starla. 
-Dormiu bem?
-Uhum, orbigada pela hospitalidade. 
-Ah, nem agradeça. Você já é praticamente da família! -Aquelas palavras fizeram V ter náuseas. -Vamos tomar café, que quando aqueles dois se juntam, é só pra falar de negócios e bláblá. -Referindo-se a Jullian e Zac. 
-Na verdade, tenho que resolver algumas coisas do casamento com V, mãe. 
-E vocês não vou comer nada? -Starla insistiu. 
-Depois comemos, jutamente com A e S. 
-Certo, não deixe a menina com fome! -Starla advertiu e V ficou com pena das ex-namoradas de Z. 
-Não vou, mãe. Pode deixar -Sorriu e puxou V de leve pela cintura para descerem. 

S não estava acreditando no que via. Parecia um filme, não podia ser real. Eles realmente se tratavam como casal, trocavam carinhos e sorrisos como se conhececem-se há anos. Ele não sabia por que, mas aquilo o incomodava profundamente. Ver Vanessa acariciar o cabelo de Z, e Zac acariciar o braço de V era perturbador. Não sabia se era por que não podia divulgar isso pro mundo, ou por que V ainda ocupava alguns de seus pensamentos.
No Brasil, o término com Vanessa, pra ele, não tinha sido fácil. Eles se conheceram porque A não estava conseguindo entregar uma carta à V, então S teve que ir deixar na casa da mulher mais encantadora que já tinha conhecido na vida. Foi muito difícil conquistá-la, e ele abdicou de muitas das suas rotinas para provar que era um bom homem pra ela. Ela tinha sido especial pois havia mudado de uma forma que nenhuma outra mudou, ele havia se tornado melhor quando estava com ela. Mas tudo tinha acabado tão estranho, tão incerto. Vendo V sorrir apaixonada pra Z, ele lembrou do fim, daquele dia tão estranho. 
Eles vinham brigando há uma semana, e o clima entre os dois estava insuportável. Em uma noite, ela trouxe o jantar e comeram calados sem querer relembrar as duas brigas que haviam tido no telefone durante o dia. Assistiram A Favorita juntos, sem pronunciar uma palavra. E continuou assim, só olhares e desvio de olhares até a meia noite. Ele queria saber o que ela estava pensando, quando deitaram um do lado do outro na cama. Olhavam o teto, ela pensando, ele imaginando o que ela estaria pensando. Ele sentia o fim chegando e, com medo que ela fosse falar alguma coisa, a puxou para si e lhe deu um beijo. Diferentemente do que esperava, ela correspondeu, e intensamente. Dizem que sexo não resolve problema, mas depois daquela noite ele percebeu que talvez resolvesse. 
Quando acordou viu que V não estava do seu lado e que não tinha arrumado a cama. Chamou por seu nome três vezes, sem resposta. Ligou pra ela, mas o celular estava desligado. Quando levantou percebeu que o café não estava pronto, nem um prato na pia, e o casaco não estava mais lá. Não havia nenhum vestígio de que ela voltaria. Pensou em ir na casa dela, ou no trabalho. Perguntar como ela tinha coragem de ir embora daquele jeito. Mas, desistiu. Por mais que ela abrisse a porta, desse um tempo pra ele falar, ou atendesse o celular, estava tudo acabado. Ficou com raiva por ter feito tanto por ela. Ficou com medo do faria daqui pra frente. Ficou com medo porque não sabia mais viver sem ela. 

-Uma passagem pros Estados Unidos, por favor. -Ele disse enquanto arrumava as malas. 
-Às 17:00, classe B. 
-Tudo bem, obrigado. -S desligou o telefone 

Ele lembrava nitidamente da conversa que tiveram enquanto ele estava no aeroporto, por telefone. Foi simples, rápida e definitiva. Ma, no fundo ele sabia que sentiria saudades dela. Sempre sentiria. Mas seguiria em frente, encontraria outras mulheres, outros amores, mas de uma coisa S tinha certeza: nenhuma como ela. 

-Então, adeus. 
-Está onde? -V perguntou. 
-No aeroporto. Estou voltando pros Estados Unidos. 
-Boa sorte. -Ela desejou sinceramente. 
-Obrigado. Acabou mesmo? -S deu-se ao luxo de uma última esperança. 
-Acabou, Scott. Boa viagem. -Ela desligou. 

Agora, ele estava ao lado dela, vendo-a acariciar o seu melhor amigo. Estava se sentindo traído, mesmo sabendo que era uma farsa, mesmo sabendo que não tinha nada entre os dois. No fundo, é isso que dá um amor mal acabado, mal curado. 

-Tá bem, S? -A perguntou enquanto via ele olhar fixamente para Z e V. 
-Uhum -Ele mudou o foco do olhar. 
-Tem razão? 
-Não, mas vou ficar 
-Está com ciúmes? -A sorriu certa de que tinha acertado
-Não, por que estaria? 
-Porque V está com Z. Você ainda gosta dela! -Ficou surpresa
-Não gosto, somos apenas amigos. Apenas... acho que ela é boa demias pra ele. Boa demias pra isso 
-O que eu ganho pra não contar pra ela? -A começou seu joguinho. 
-Contar uma mentira? Vá fundo, A. -Ele fingiu não se importar. 
-V!- Falou alto, Vanessa olhou pra ela. -Preciso conversar com você, é urgente! 
-Tudo bem, Ashley. Você tem um favor de crédito comigo -S disse, com medo pois nem ele sabia o que sentia. 
-Esquece, V. -Vanessa, que já estava em pé, não entendeu e voltou. -Um favor bem grande. -A sorriu vitoriosa. 

Quando V sentou-se, Jullian começou a falar de como teria que ser o casamento e como erao perfil do conselho. 

-Bom, o prazo mínimo para se separarem é 6 meses, mas eu sugiro que fiquem juntos por um ano. 
-Um ano?! -Os dois falaram em coro. 
-Sim, um ano. Pesquisei, e casais que pensam que se amam, sobrevivem no mínimo a isso. Seis meses fica muito na cara. 
-Ok, Jullian. Mas, diz como agente faz pra parecermos o casal perfeito? 
-Vocês já estão parecendo. Fiquei impressionado, acerto em cheio, Zac. -Z sorriu se gabando. -E precisam fazer uma festa de noivado e uma demosntração pública de afeto. 
-Z pensou na pré-festa do People Choice Awards. -V respondeu. 
-Ótima ideia. Ele dá o comunicado e depois um beijo público. 
-Beijo? -Z falou. 
-Claro, se ela fosse realmente sua noiva, não se beijariam? 
-Sim, mas... -V havia esquecido-se desse detalhe. 
-Vão dar um beijo público no People Choice Awards, mais beijos na festa de noivado e muitos beijos quando saírem para os futuros jantares, almoços e lanches românticos de vocês. -Jullian foi firme. 
-Celebridades não ficam se beijando por aí. -V atacou.
-Não precisa ser beijo de cinema, mas vocês tem que aproveitar as câmeras pra provar pro conselho que é real. Vi John Bordwin vendo site de fofocas quando entrei na sala dele, mais cedo. 
-Sério? -Z falou, pasmo. 
-Sério, então façam mais do que perfeito. 
-Quando sai o veredito do conselho? -V tocou em um ponto interessante. 
-Um dia após o casaento de vocês. 
-Não pode ser antes? 
-Não, porque afinal, se estão realmente juntos, o veredicto não importa. 
-Essa merda de amor verdadeiro já está enchendo, mas tudo bem. -V disse. 
-Concordo -Z olhou com raiva pra V 
-Vou falar com a nossa publicitária para começar um boato na internet de que você prentende ir acompanhado para o a pré-festa 
-Pode colocar, e tira umas fotos dagente com a resoluçõ menor da câmera pra parecer que vazaram. O povo adora fotos pessoais -Z deu a ideia. 
-Isso pode ficar a cargo do Scott. -Jullian preferiu. 

A, S, Z e V subiram para o quarto dele e começaram a sessão de fotos. Fotos dos dois abraçados na cama enquanto conversavam alegres com A, fotos tiradas por eles mesmos, S ajudou também e ficaram todas perfeitas. 

-Consegui 20 fotos pessoais do Zac com a mulher misteriosa, paga quanto? -S falava ao telefone com uma das maiores revistas de fofocas. Uma pausa. -Fechado. Assim que o dinheiro entrar na minha conta eu mando as fotos. -S desligou. -Tudo feito. 
-Vão publicar? 
-Hoje mesmo. Vai ser a bomba da semana! -Um sms para o celular de S. -O cara acabou de transferir o dinheiro, vou manda o email. 

Em duas horas as fotos estavam correndo por toda a rede, e era o assunto mais comentado. Os quatro abriram um fã-site que tinha postado as vinte com o seguinte comentário:

"Pagaram  pela boca aqueles que disseram que Zac Efron, o atual presidente da People, e o homem mais cobiçado de Los Angeles,  não tem coração. Foram divulgadas 20 fotos pessoais dele com a sua nova namorada. Corram atrás da vadia, ela tirou Zac do mercado"

-Tenho medo dessas pessoas. -V falou. 
-Foi ironia, V. Relaxa, não vão te matar -Z riu dela 
-Por enquanto não, mas quando souberem que agente vai casar, vão fazer que nem fizeram som Bin Laden: me dar um tiro e me jogar no rio. -Z riu dela. 
-Claro que não, não vou deixar que matem o "amor da minha vida" -Ironizou 
-Na verdade, você deveria. Ia ser bem Romeu e Julieta -Pela primeira vez, se deram bem. 

Pouco tempo depois Z foi para a People, deixando V e A tomando café na enorme mesa. Pra V era muito desconfortável aquilo. Pelo menos com Z por perto, ficava menos estranho, se sentia menos intrusa. Mas, agora, era como se estivesse em um lugar onde não pertencia a ela. 

-É muito estranho comer numa casa que não é sua
-Já me acostumei com essa casa, mas no início foi complicado 
-Uhum, mas me conta, o que queria me dizer mais cedo? -Tomou um gole de suco. 
-Ah! É que eu acho que S ainda gosta de você -Parece que entre amigos não existe confiança, não é? V riu. 
-Claro que não, sua boba! 
-Claro que sim. Eu não tenho certeza de nada, mas ele olhou com você tão possessivamente enquanto Z tava alisando seu cabelo, que... Nossa, me deu medo. 
-Sério? -V se estranhou ao perceber que estava interessada nisso. 
-Como vocês acabaram? Foi definitivo assim, mesmo? 
-Nem tanto. -V cofessou. 
-E aquela história "foi tranquilo, agente percebeu que éramos apenas amigos fazendo sexo"? Morreu, foi? -A se revoltou. 
-Pra mim pelo menos era, mas no dia mesmo, eu ainda não estava totalmente desapegada dele. Mas foi melhor assim, pra quem eu não sei, mas foi melhor. -Colocou uma colher de salada de frutas na boca. 
-Me conta essa história direitinho, aí! -A pediu explicações. 
-Não teve drama A. Eu acordei, peguei minhas coisas e fui pra minha casa. Depois ele me ligou e agente só repetiu o que agente já sabia. Foi simples. 
-Você largou ele? 
-Não larguei, ele sabia que o que tinha entre agente já tinha acabado há séculos. -Ela deu outro gole no suco, descpreocupada. 
-Antes de você ir embora, vocês ao menos conversaram? 
-Não, agente transou e de manhã fui embora. -V foi direta. 
-Como assim?! Agora eu sei porque ele ainda gosta de você! Você deu esperanças pra ele e depois sumiu? Coitado, Vanessa!
-Ele já é adulto o suficiente pra saber que já tinha acabdo. Agente não sentia mais a mesma coisa
-É, mas se você tivesse ficado quieta, ele ia entender definitivamente. Quando agente fica apaixonado, best, agente nunca acha que acabou. Agente sempre acredita em uma ultima chance.
-Vai ver que eu nunca me apaixonei realmente, né. Como ia saber? -V foi sincera e grossa ao mesmo tempo. 
-Ele era apaixonado por você. Na verdade, é. 
-Sai dessa, Ashley. Ele é Scott Speer. Você acha que algum dia ele se apaixonou por alguém? 
-Meu Deus! Tudo está se encaixando agora. 
-O que? 
-Você foi a única pessoa que colocou alguma coisa boa no caráter dele. Ele sempre foi de todo mundo, mas quando tava com você eu quase não ouvia falar dele. Trabalho sério, mudou de vida. E quando você largou ele, ele voltou a ser o que sempre foi, mas agora pra tentar esquecer. E, tá louco de ciúmes porque a única mulher por quem ele se apaixonou na vida, vai casar com o melhor amigo dele, mesmo que não seja por amor. -A concluiu e V viu sentido nas palavras dela, ficando perplexa. 

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¹ - Referência ao príncipe William da Inglaterra que recentemente casou-se com a plebéia Kate Middleton. 
² - Referência a Angelina Jolie. 

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E aí? Gostaram? Espero que sim! 
Comentem bastante, divulguem bastante, e exponham suas opiniões de verdade, hihihi. $: 

Mudei o visual do site, o que acharam? Eu sinceramente gostei pra caramba! *-* E também mudei o visual do meu tumblr, arrumei as coisas e tal, quero que vocês, se puderem, dêem uma olhada e quem tiver tumblr siga, hihi. O link vai estar no fim do post (:

Mudei o bg do twitter, e fiquei muito feliz porque, pela primeira vez, alguém qe lê o Smark veio falar, que foi a @LeticiaTrece (: Falem comigo por lá, de verdade. Peçam os capítulos, aperreem, rsrsrs. Eu criei justamente pra isso, então, façam uma conta no twitter e me sigam lá, o link vai estar no fim do post tb. 

Outra coisa é o meu blog de textos, que eu re-abri e vou estar postando quando der. Mudei o visual (na verdade mudei tudo, kakak) lá também, e queria que voltassem a comentar lá e tal. Agradeço de coração. O link vai tar lá embaixo. (:

E, O MAIS IMPORTANTE: DIVULGUEM O SITE. Queria agradecer a irmã da Rebeca (que eu não lembro quem é, mas enfim) por ter divulgando, a Thaís e a todas as pessoas que estão me ajudando. Agradeço de coração. E você, que ainda não divulgou, divulga tb! Aí vocês vão poder debater no fórum e se conhecer melhor, né. Enfim. 

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Um beijo, até o próximo tweet. s2 

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